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Publicado em 1875, o romance escrito por Bernardo Guimarães gira em torno da tão conhecida escrava Isaura, que, não fosse a cor da pele e a aparência de nobre, passaria despercebida em meio à tantas outras escravas.
Isaura nasce da relação entre uma escrava negra e o feitor, de origem italiana, da fazenda do temível Leôncio. Sua mãe morre vítima de maus tratos e o pai é mandado embora, porém como um presente dado pelo destino (ou não!), a menina acaba sendo criada pela mãe de Leôncio, mulher benevolente, que vê na pobre criatura a filha que não teve.
No entanto, como é de se esperar, tendo em vista o gênero narrativo em questão, o sofrimento que aflige a moça se dá do início ao fim da história, e mesmo não vivendo na senzala como os outros escravos, os conflitos internos que a permeiam, acabam fortalecendo o fato de que aquela não é sua realidade.
Depois de muito sofrer nas mãos de Leôncio, Isaura foge com seu pai para o Recife, e lá conhece um homem nobre, bondoso e corajoso (vulgo príncipe encantado), e mesmo quando esse descobre a condição social da moça, continua a lutar por ela.
O problema é que os tais conflitos (de novo!)faz com que ela, mesmo vendo o amor verdadeiro de Álvaro, esteja o tempo todo divida entre a razão (o fato de ela, ainda que branca, ser uma escrava e não pertencer à alta classe social)e a emoção(o amor por um homem de alto escalão social, com condição totalmente contrária à sua).
E as dúvidas são tantas, que em meio à narrativa o leitor se vê ao ponto de querer dar uma "chega pra lá" nesse drama todo ( e haja drama!).
A alegria é que o autor, aliás talvez tenha sido essa a verdadeira intenção do mesmo ao escrever o livro, coloca doses de realidade em meio aos devaneios de Isaura e às falas adocicadas do casal de mocinhos.
Sobre isso, é interessante notar que Álvaro, muito mais do que o herói da história, representa uma classe que lutava em prol da libertação dos escravos, os abolicionistas, diferente de Leôncio, personagem que simboliza os senhores de escravos.
Por essa razão, "A escrava Isaura" exerce um importante papel no cenário literário brasileiro (tanto que já rendeu até novela!), justamente pelas críticas que faz à escravidão, e não fossem os excessos característicos do romantismo (é muito mimimi para um livro só), esse seria certamente um de meus livros favoritos.
Isaura nasce da relação entre uma escrava negra e o feitor, de origem italiana, da fazenda do temível Leôncio. Sua mãe morre vítima de maus tratos e o pai é mandado embora, porém como um presente dado pelo destino (ou não!), a menina acaba sendo criada pela mãe de Leôncio, mulher benevolente, que vê na pobre criatura a filha que não teve.
No entanto, como é de se esperar, tendo em vista o gênero narrativo em questão, o sofrimento que aflige a moça se dá do início ao fim da história, e mesmo não vivendo na senzala como os outros escravos, os conflitos internos que a permeiam, acabam fortalecendo o fato de que aquela não é sua realidade.
Depois de muito sofrer nas mãos de Leôncio, Isaura foge com seu pai para o Recife, e lá conhece um homem nobre, bondoso e corajoso (vulgo príncipe encantado), e mesmo quando esse descobre a condição social da moça, continua a lutar por ela.
O problema é que os tais conflitos (de novo!)faz com que ela, mesmo vendo o amor verdadeiro de Álvaro, esteja o tempo todo divida entre a razão (o fato de ela, ainda que branca, ser uma escrava e não pertencer à alta classe social)e a emoção(o amor por um homem de alto escalão social, com condição totalmente contrária à sua).
E as dúvidas são tantas, que em meio à narrativa o leitor se vê ao ponto de querer dar uma "chega pra lá" nesse drama todo ( e haja drama!).
A alegria é que o autor, aliás talvez tenha sido essa a verdadeira intenção do mesmo ao escrever o livro, coloca doses de realidade em meio aos devaneios de Isaura e às falas adocicadas do casal de mocinhos.
Sobre isso, é interessante notar que Álvaro, muito mais do que o herói da história, representa uma classe que lutava em prol da libertação dos escravos, os abolicionistas, diferente de Leôncio, personagem que simboliza os senhores de escravos.
Por essa razão, "A escrava Isaura" exerce um importante papel no cenário literário brasileiro (tanto que já rendeu até novela!), justamente pelas críticas que faz à escravidão, e não fossem os excessos característicos do romantismo (é muito mimimi para um livro só), esse seria certamente um de meus livros favoritos.
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Isaura era filha de uma mulata,
mucama da esposa de um
comendador. Durante muito
tempo a mâe de Isaura fora
assediada pelo comendador, mas
sempre dando mostras de
repugnância por seus modos
libertinos. Por isso o
comendador a enviou ao feitor,
para que este não a poupasse do
trabalho pesado. Mas este tinha
bom coração, vindo a apaixonar-
se pela escrava, de maneira que
em pouco tempo deu ela a luz à
bela escravinha Isaura, que se
tornou a preferida da esposa do
comendador. O filho do
comendador, o Sr. Leoncio, casa-
se com D. Malvina e passa a
morar e adminstrar a fazenda
de seu pai. Homem de paixôes
desenfreadas, logo se apaixona
pela escrava. Começa o
sofrimento para Isaura. Sem ter
a quem recorrer a não ser seu
pobre pai, ela foge com ele para
o Recife. Lá, apaixona-se por
Álvaro, moço de princípios e
ardor juvenis. Mas a sorte está
contra Isaura. Em uma festa ela
é reconhecida por caçadores de
recompensas e o próprio Leôncio
vai a Recife aprisioná-la. Mas
Álvaro não fica de braços
cruzados vendo a atitude vil do
senhor de Isaura. Vai aos
credores de Leôncio e compra os
títulos da dívida de seu rival,
tornando-se seu único credor.
Álvaro se dirige à propriedade
de Leôncio a tempo de salvar a
pobre escrava de mais um dos
vis planos do fazendeiro: casá-la
com o deformado Belchior, o
jardineiro. Álvaro encontra todos
já reunidos para o enlace e, de
uma feita, declara Leôncio
impedido de dispor de seus
bens, inclusive os escravos.
Leôncio se desespera, vindo a
cometer suicídio. Livre, Isaura
casa com Álvaro.
mucama da esposa de um
comendador. Durante muito
tempo a mâe de Isaura fora
assediada pelo comendador, mas
sempre dando mostras de
repugnância por seus modos
libertinos. Por isso o
comendador a enviou ao feitor,
para que este não a poupasse do
trabalho pesado. Mas este tinha
bom coração, vindo a apaixonar-
se pela escrava, de maneira que
em pouco tempo deu ela a luz à
bela escravinha Isaura, que se
tornou a preferida da esposa do
comendador. O filho do
comendador, o Sr. Leoncio, casa-
se com D. Malvina e passa a
morar e adminstrar a fazenda
de seu pai. Homem de paixôes
desenfreadas, logo se apaixona
pela escrava. Começa o
sofrimento para Isaura. Sem ter
a quem recorrer a não ser seu
pobre pai, ela foge com ele para
o Recife. Lá, apaixona-se por
Álvaro, moço de princípios e
ardor juvenis. Mas a sorte está
contra Isaura. Em uma festa ela
é reconhecida por caçadores de
recompensas e o próprio Leôncio
vai a Recife aprisioná-la. Mas
Álvaro não fica de braços
cruzados vendo a atitude vil do
senhor de Isaura. Vai aos
credores de Leôncio e compra os
títulos da dívida de seu rival,
tornando-se seu único credor.
Álvaro se dirige à propriedade
de Leôncio a tempo de salvar a
pobre escrava de mais um dos
vis planos do fazendeiro: casá-la
com o deformado Belchior, o
jardineiro. Álvaro encontra todos
já reunidos para o enlace e, de
uma feita, declara Leôncio
impedido de dispor de seus
bens, inclusive os escravos.
Leôncio se desespera, vindo a
cometer suicídio. Livre, Isaura
casa com Álvaro.
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