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Teatro Fórum
O Teatro Fórum é um tipo de luta ou jogo, com regras, para que todos participem e nasça uma discussão. Estuda situações sociais (opressões interiorizadas) que podem ser avaliadas com técnicas do Arco Íris do Desejo (técnica de terapia associada ao teatro). O texto caracteriza claramente a natureza de cada personagem, para o espect-ator reconhecer sua ideologia. As soluções propostas pelo protagonista devem conter uma falha política ou social, que serão motivo de discussão no fórum. Atores e platéia aprendem juntos. A peça propõe boas questões, a platéia traz boas respostas. A peça não pode ter caráter surrealista ou irracional, porque seu objetivo é discutir situações concretas, usando a linguagem teatral.
A encenação tem que ter expressão corporal que exprima com precisão ideologias, trabalho, função social daquele personagem. Assim, os espect-atores ao substituirem os personagens, poderam REPRESENTAR os personagens.
O espetáculo é um jogo artístico e intelectual entre artistas e espect-atores. É apresentado inicialmente como espetáculo convencional, em que cenas contêm um conflito a ser resolvido e opressão que se deseja combater. Em seguida, pergunta-se se os espect-atores concordam com as soluções dadas pelo protagonista. Então o espetáculo será refeito, com soluções possíveis e viáveis dadas pelos espect-atores. A idéia é criar uma tensão: se ninguém muda a peça, ela fica como está; assim como se ninguém mudar o mundo, ele permanece como está. O espect-ator se aproxima da cena e diz PÁRA, tomando o lugar do protagonista quando ele comete um erro e apresenta uma solução melhor para a situação. O ator substituído permance como um ego auxiliar, encorajando o espectador e corrigí-lo, se esse se enganar em algo crucial. Quando o espect-ator estiver em ação os demais atores se tornam agentes da opressão, mostrando como é difícil transformar a realidade. O jogo teatral entre espect-ator e atores é estabelecido, de forma improvisada. Esse exercício permite o questionamento dos espect-atores e dos atores, exercitando a vida real, conhecendo melhor o arsenal de opressões e táticas dos oprimidos. Se as ações do espect-ator esgotam, o ator-protagonista retoma seu lugar e continua o texto como programado previamente, até que outro espect-ator pare a cena e proponha um novo rumo à estória. Caso um espect-ator rompa com a opressão da estrutura da peça improvisada pelos atores, os atores devem abdicar de seus personagens, para que outros espect-atores mostrem outras formas de opressão que talvez esses atores desconheçam. Os atores que saíram continuam como egos auxiliares. Um dos atores deve fazer a função de coringa, explicando regras do jogo, corrigindo erros e encorajando os espect-atores a interromper e intervir nas cenas.
Em Jogos Teatrais para Atores e Não Atores, Boal dá um exemplo de Teatro Fórum: Líder no trabalho, escrava em casa, representado em Paris durante a greve de um departamento de contabilidade de um banco. Era a estória de uma mulher que era líder sindical no trabalho e escrava em casa.
1a ação: Muito trabalho. Quando o banco fecha, a lider organiza companheiros, marca reuniões, todos seguem seus conselhos.
2a. ação: O marido da líder chega e buzina. Ela insiste, mas abandona tudo e vai embora com o marido.
3a. ação: Em casa cuida do marido, que a repreende porque o trabalho atrapalha suas funções domésticas. Dá banho na filha mimada. Mulher escrava da família.
Fórum: Mulheres que participavam do fórum tentavam romper a opressão. Os companheiros do banco viravam opressores e as faziam ceder ao marido. Mesmo com sua vontade de permanecer na atividade contrariando o marido e os colegas, o chefe se contrapunha quase a expulsando. Uma espect-atriz conseguiu a melhor resistência: não permitiu que o marido entrasse. O ator-marido renunciou e outros espect-atores tentaram novas formas de opressão: telefonemas, chantagens emocionais,mentiras. Na cena da casa, a líder estava tão absorta no trabalho que não ligava para a filha e o marido. A menina no banho, ao invés de chamar a mãe, chamou o pai, e o marido passou a cuidar das atividades domésticas.
O Teatro Fórum é um tipo de luta ou jogo, com regras, para que todos participem e nasça uma discussão. Estuda situações sociais (opressões interiorizadas) que podem ser avaliadas com técnicas do Arco Íris do Desejo (técnica de terapia associada ao teatro). O texto caracteriza claramente a natureza de cada personagem, para o espect-ator reconhecer sua ideologia. As soluções propostas pelo protagonista devem conter uma falha política ou social, que serão motivo de discussão no fórum. Atores e platéia aprendem juntos. A peça propõe boas questões, a platéia traz boas respostas. A peça não pode ter caráter surrealista ou irracional, porque seu objetivo é discutir situações concretas, usando a linguagem teatral.
A encenação tem que ter expressão corporal que exprima com precisão ideologias, trabalho, função social daquele personagem. Assim, os espect-atores ao substituirem os personagens, poderam REPRESENTAR os personagens.
O espetáculo é um jogo artístico e intelectual entre artistas e espect-atores. É apresentado inicialmente como espetáculo convencional, em que cenas contêm um conflito a ser resolvido e opressão que se deseja combater. Em seguida, pergunta-se se os espect-atores concordam com as soluções dadas pelo protagonista. Então o espetáculo será refeito, com soluções possíveis e viáveis dadas pelos espect-atores. A idéia é criar uma tensão: se ninguém muda a peça, ela fica como está; assim como se ninguém mudar o mundo, ele permanece como está. O espect-ator se aproxima da cena e diz PÁRA, tomando o lugar do protagonista quando ele comete um erro e apresenta uma solução melhor para a situação. O ator substituído permance como um ego auxiliar, encorajando o espectador e corrigí-lo, se esse se enganar em algo crucial. Quando o espect-ator estiver em ação os demais atores se tornam agentes da opressão, mostrando como é difícil transformar a realidade. O jogo teatral entre espect-ator e atores é estabelecido, de forma improvisada. Esse exercício permite o questionamento dos espect-atores e dos atores, exercitando a vida real, conhecendo melhor o arsenal de opressões e táticas dos oprimidos. Se as ações do espect-ator esgotam, o ator-protagonista retoma seu lugar e continua o texto como programado previamente, até que outro espect-ator pare a cena e proponha um novo rumo à estória. Caso um espect-ator rompa com a opressão da estrutura da peça improvisada pelos atores, os atores devem abdicar de seus personagens, para que outros espect-atores mostrem outras formas de opressão que talvez esses atores desconheçam. Os atores que saíram continuam como egos auxiliares. Um dos atores deve fazer a função de coringa, explicando regras do jogo, corrigindo erros e encorajando os espect-atores a interromper e intervir nas cenas.
Em Jogos Teatrais para Atores e Não Atores, Boal dá um exemplo de Teatro Fórum: Líder no trabalho, escrava em casa, representado em Paris durante a greve de um departamento de contabilidade de um banco. Era a estória de uma mulher que era líder sindical no trabalho e escrava em casa.
1a ação: Muito trabalho. Quando o banco fecha, a lider organiza companheiros, marca reuniões, todos seguem seus conselhos.
2a. ação: O marido da líder chega e buzina. Ela insiste, mas abandona tudo e vai embora com o marido.
3a. ação: Em casa cuida do marido, que a repreende porque o trabalho atrapalha suas funções domésticas. Dá banho na filha mimada. Mulher escrava da família.
Fórum: Mulheres que participavam do fórum tentavam romper a opressão. Os companheiros do banco viravam opressores e as faziam ceder ao marido. Mesmo com sua vontade de permanecer na atividade contrariando o marido e os colegas, o chefe se contrapunha quase a expulsando. Uma espect-atriz conseguiu a melhor resistência: não permitiu que o marido entrasse. O ator-marido renunciou e outros espect-atores tentaram novas formas de opressão: telefonemas, chantagens emocionais,mentiras. Na cena da casa, a líder estava tão absorta no trabalho que não ligava para a filha e o marido. A menina no banho, ao invés de chamar a mãe, chamou o pai, e o marido passou a cuidar das atividades domésticas.
rayd33295:
Só era uma mano
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