Relação covid-19, imunidade e exercício
A imunopatologia da infecção por Sars-CoV-2 envolve tanto o sistema imune inato (células imunológicas existentes desde o momento do nascimento) quanto o adaptativo (células imunológicas adquiridas por meio da exposição e presença da memória imunológica). Após a infecção pelo vírus, ocorre uma tempestade de citocinas pró-inflamatórias —que é uma resposta imune exagerada a um estímulo externo, usualmente induzido por infecções virais, sendo que as concentrações elevadas anormais dessas citocinas levam à ativação do "crosstalk" do sistema neuroendócrino-imune, com a consequente liberação de glicocorticoides que podem prejudicar a resposta imune; podendo induzir a diminuição de atividade ou falência de múltiplos órgãos, envolvendo coração, fígado, rim e pulmões. Uma análise publicada feita pelo Neuroimmunomodulation (2020), pontua que a imunomodulação induzida pelo exercício parece ser dependente da interação da intensidade, duração e frequência do exercício.
*Em modelos humanos e animais, o exercício de longa duração (maior que 2 horas) e/ou exercício intenso (maior que 80% do consumo máximo de oxigênio, VO2máx) está associado a marcadores de imunossupressão, mostrando que exercícios de longa duração e/ou intensos podem tornar os humanos mais suscetíveis a infecções (principalmente infecções do trato respiratório superior), o que pode aumentar o risco de infecção e agravamento por covid-19.
*Por outro lado, estudos clínicos e translacionais em humanos demonstraram que exercícios regulares de curta duração (ou seja, 45-60 min) e exercícios de intensidade moderada (50 a 70% VO2máx), realizados pelo menos 3 vezes por semana são benéficos para a resposta imunológica, particularmente em idosos e pessoas com doenças crônicas.
*Embora o número relatado de casos de covid-19 em crianças/adolescentes seja relativamente baixo, é importante notar que exercícios crônicos moderados e/ou treinamento físico em crianças e adolescentes saudáveis estão associados a uma redução na incidência de infecção e uma recuperação mais rápida do sistema imunológico.
A primeira fase da resposta imune induzida pela infecção por coronavírus é uma resposta imune adaptativa específica para eliminar o vírus e prevenir a progressão da doença. Pacientes com complicações graves derivadas da infecção apresentam linfocitopenia —redução de linfócitos, que é um tipo de glóbulo branco— e tempestade de citocinas.
Dessa forma, é importante a redução de citocinas e o aumento da liberação de citocinas anti-inflamatórias. As citocinas anti-inflamatórias podem suprimir uma resposta imune hiperativa, promovendo a reparação tecidual.
Assim, exercícios regulares de intensidade moderada podem ser eficazes em aumentar a resposta anti-inflamatória, o que poderia ajudar a reverter a linfocitopenia em pacientes com covid-19.
Não se sabe se tais alterações induzidas por exercício no sistema imunológico seriam protetoras contra a infecção por Sars-CoV-2 nessas populações e mais estudos são necessários. No entanto, é interessante considerar que o exercício pode desempenhar um papel na neutralização dos efeitos negativos do isolamento e do estresse de confinamento sobre a competência imunológica nessa população.
O que a literatura já sabe é que:
*Há uma relação entre a intensidade/duração/frequência do treino e sistema imunológico, sendo o equilíbrio sempre a melhor opção.
*O exercício aeróbico moderado realizado de forma regular é benéfico para o sistema imunológicomune.
*O exercício intenso/longa duração pode ter um efeito depressor temporário sobre o sistema i, criando uma "janela aberta" e consequente risco de infecções.
kevyngabriel1:
oi
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Resposta:
A maioria das pessoas que adoece em decorrência da COVID-19 apresentará sintomas leves a moderados e se recuperará sem tratamento especial. O vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala. Essas gotículas são muito pesadas para permanecerem no ar e são rapidamente depositadas em pisos ou superfícies.
Você pode ser infectado ao inalar o vírus se estiver próximo de alguém que tenha COVID-19 ou ao tocar em uma superfície contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, no nariz ou na boca.
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