• Matéria: Português
  • Autor: Portugues1232
  • Perguntado 4 anos atrás

Casos de violência contra mulher aumentam 30% durante a quarentena em SP, diz MP

Dados do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim) do MPSP registraram que em março foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência, no mês anterior, foram 1.934.

Por Beatriz Borges e Walace Lara,
G1 São Paulo - 13/04/2020 18h54

O número de casos de violência contra a mulher aumentou em São Paulo durante a quarentena, medida adotada pelo governo para evitar a propagação do coronavírus. De acordo com o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), em um mês, houve o aumento de 30% dos casos.

De acordo com os dados, em março foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência, no mês anterior foram 1.934. As medidas protetivas são determinações que visam garantir a segurança das vítimas. Também foi verificado aumento no número de prisões em flagrante devido a casos de violência doméstica. Em fevereiro foram registradas 177, já em março foram 268.

Durante o período de isolamento social, as Delegacias de Defesa da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira e Centros de Acolhimento continuam funcionando.

Segundo especialistas ouvidos pelo G1, a quarentena é necessária, mas traz fatores de risco que podem ocasionar o aumento dos casos de violência contra a mulher. Eles pedem para que as vítimas não deixem de buscar atendimento no serviço de saúde durante o período.

"Muitas vezes, a porta de entrada da violência contra as mulheres é o serviço de saúde, que está sobrecarregado. Então, existe também um risco das mulheres não conseguirem ou acharem que não devem acessar o serviço de saúde. Isso para a violência, mas também para a saúde sexual reprodutiva. Portanto, a gente vai ter que deixar bem claro que os serviços têm que estar abertos, têm que estar funcionando", disse a gerente de Projetos da ONU Mulheres para Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres, Maria Carolina Ferracini.

A diretora do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, reforça que a medida é necessária, mas concorda que alguns fatores podem ser determinantes para o aumento da violência contra mulheres. "Estamos diante de um problema muito sério. Esse ambiente de isolamento é importante, é necessário, mas traz riscos reais as mulheres em relação à violência”, disse.

"Tem uma coisa muito complexa para a gente pensar que é a questão da restrição financeira nesse momento, isso traz obstáculos grandes para a mulher conseguir sair de uma situação de violência, em especial, as mulheres que têm filho. Elas pensam dez vezes em sair de uma relação sem ter para onde ir, ou ficar em segurança com um parente, ou amigo, pensam dez vezes na proteção das crianças. Então, é preciso que essa mulher chame, peça ajuda a um vizinho, a uma irmã, grite, ligue, porque essa é uma forma também de intimidar o agressor”, completa Jacira.
[...]


Analisando as informações apresentadas pela reportagem, conclui-se que o seu principal objetivo é:


A)Justificar que o aumento de casos está relacionado a questão financeira da mulher.

B)Informar que foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência no mês de março de 2020.

C)Narrar que no período de isolamento social, as Delegacias de Defesa da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira e Centros de Acolhimento continuam funcionando.

D)Relatar que em um mês de pandemia, houve o aumento de 30% dos casos de violência contra a mulher.​

Respostas

respondido por: japaaa2
0
letra D

Eu pesquisei
Perguntas similares