A Guerra dos Bôeres (1899-1902), na África do Sul, levou a Inglaterra a mobilizar aproximadamente 450 mil soldados, trazidos de todo o seu Império. A vitória britânica fez com que fosse limitada a autonomia dos estados bôeres. No entanto, o sistema eleitoral permitiu que, terminada a guerra, os africânderes (bôeres) dominassem o poder político em diversas províncias. No mapa anterior, pode-se observar o cenário dessa guerra e a indicação geográfica de fatores a ela relacionados. a) APRESENTE uma razão para o início dessa guerra.
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As Guerras dos Bôeres (ou Guerras de libertação na historiografia bôer) é o nome dado aos dois conflitos travados entre o Reino Unido e as duas repúblicas bôeres independentes, o Estado Livre de Orange e a República Sul-Africana (República do Transvaal). Os dois conflitos ocorreram, respectivamente, de 16 de dezembro de 1880 a 23 de março de 1881 e de 11 de outubro de 1899 a 31 de maio de 1902.
O cerne do conflito está na gradual expansão britânica pelo sul do continente africano, em territórios previamente ocupados por descendentes de antigos colonos holandeses. Ao contrário da maioria dos outros entrepostos da Companhia das Índias Orientais Holandesa, colonos estabeleceram-se naquela parte do globo (holandeses em maioria, mas não a totalidade do grupo, que incluía ainda franceses, alemães e outros grupos étnicos). Tais colonos tinham como objetivo real ocupar e habitar as áreas em que residiam, diferentemente de muitos outros pontos do império holandês, e mesmo da colônia do Cabo, que eram praticamente meros entrepostos onde os indivíduos passavam determinado tempo antes de migrarem para outro ponto e continuar a atividade mercantil. Tanto é assim que a palavra "boer" significa "fazendeiro", "cultivador", e não era aplicado a todos os colonos do Cabo, somente àqueles que estavam no interior, na fronteira leste da colônia.
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