Olho as minhas mãos Olho as minhas mãos: elas só não são estranhas Porque são minhas. Mas é tão esquisito distendê-las assim, lentamente, como essas anêmonas do fundo do mar... Fechá-las, de repente, Os dedos como pétalas carnívoras! Só apanho, porém, com elas, esse alimento impalpável do tempo, Que me sustenta, e mata, e que vai secretando o pensamento Como tecem as teias as aranhas. A que mundo pertenço? No mundo há pedras, baobás, panteras, Águas cantarolantes, o vento ventando E no alto as nuvens improvisando sem cessar. E, cheios de esperança e medo, Oficiamos rituais, inventamos Palavras mágicas, Fazemos Poemas, pobres poemas Que o vento Mistura, confunde e dispersa no ar... QUINTANA, Mário. Apontamentos de história sobrenatural. Porto Alegre: Globo, 1984. Além de funcionar como elemento de ligação entre termos de mesmo valor, o conectivo "E" foi utilizado no texto, algumas vezes, para exprimir o efeito de aceleração contínua. Encontramos esse efeito em: Escolha uma: a. “Mistura, confunde e dispersa no ar...” (v. 24) b. “E, cheios de esperança e medo,” (v. 18) c. “Que me sustenta, e mata, e que vai secretando o pensamento” d. “E no alto as nuvens improvisando sem cessar.” (v. 13) Limpar minha escolha
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