Respostas
Resposta:
A obesidade abdominal, ou obesidade andrógina, isto é, uma distribuição preferencialmente abdominal da gordura, em comparação com uma distribuição mais periférica, é mais nociva e associa-se a um risco maior de aparecimento de:
diabetes mellitus tipo 2
doença cardíaca coronária
hipertensão arterial
cancro da mama
morte prematura
Existem alguns problemas ou doenças que afetam os obesos e que são de gravidade menor ou moderada, mas que causam grande redução da qualidade de vida. São exemplos:
insuficiência respiratória
problemas osteoarticulares crónicos
problemas de pele
infertilidade
Estes problemas são, frequentemente, a razão primária que leva o doente obeso a procurar ajuda especializada no sistema de saúde e a maior parte deles melhora com uma perda de peso ligeira a moderada.
Mortalidade e obesidade
Está demonstrado que o risco de morte está aumentado em doentes com obesidade. Existe uma relação linear entre o IMC e o risco relativo de morte. Quanto maior for a duração da obesidade, maior é o risco de morte.
O risco de morte de um indivíduo com IMC ≥ 35 kg/m2, entre os 25 e os 35 anos, é igual a doze vezes o risco de morte de um indivíduo com peso normal, da mesma idade e sexo. A esperança de vida de um homem na década dos 20 com IMC ≥ 45 kg/m2 é de menos 13 anos do que seria se ele tivesse um peso normal.
Problemas de saúde e doenças associadas à obesidade
A tabela seguinte revela o risco relativo (isto é, risco para o indivíduo obeso, em relação ao risco para um indivíduo com peso normal) aproximado de certas doenças ou problemas de saúde, associados à obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2):
Explicação:
1. Diabetes mellitus tipo 2 (DMT2)
O risco de um indivíduo obeso desenvolver DMT2 é cerca de 40 vezes maior quando comparado com um indivíduo com peso normal. O risco de DMT2 aumenta continuamente com o aumento do IMC.
Alguns estudos prospetivos demonstram que cerca de 64% dos casos de DMT2 no sexo masculino e 74% no sexo feminino seriam prevenidos se nenhum dos indivíduos estudados tivesse um IMC superior a 25 kg/m2.
Algumas características dos doentes obesos aumentam adicionalmente o risco de DMT2: obesidade na infância ou adolescência, aumento progressivo de peso a partir dos 18 anos e distribuição abdominal da gordura (obesidade abdominal). Vários estudos apontam a obesidade abdominal como um fator de risco independente de per si, mais importante até do que a quantidade total de gordura (IMC) no organismo.