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Cultura africana é vasta e diversificada, dotada de uma enorme riqueza imaterial, fator que se explica tanto pela diversidade de etnias presentes na África quanto pela influência de povos do Oriente Médio e europeus que tiveram contato com os africanos ao longo da história. A combinação dos fatores migratórios, da colonização europeia e da diversidade étnica no interior do continente fez com que a África seja atualmente um continente em que se fala vários idiomas e cultua-se várias religiões e que se caracteriza por ser pluricultural.
O continente africano pode ser dividido geopoliticamente em duas grandes faixas de terra: a África saariana (região norte) e a África subsaariana (região sul). Ambas são regiões de diversidade cultural, mas a porção sul do continente é mais diversificada e contém a maior parte da população.
A região norte, saariana, manteve, ao longo da história, contatos forçados e espontâneos com povos fenícios, turcos, árabes, romanos, gregos e do extremo oriente. Ela é situada numa área árida, logo acima do Deserto do Saara, e é composta por países como Egito, Marrocos, Tunísia, Líbia e Argélia.
Vivem nessa porção de terras cerca de 30% da população do continente, e a maioria desses habitantes cultua o islamismo, seguida por uma minoria cristã. A pessoas que lá vivem têm traços fenotípicos peculiares, oriundos da mistura entre povos do Oriente Médio, negros e brancos, sendo que elas não são brancas como os povos naturais da Europa ou negras como os povos naturais da África subsaariana.
Antes de entendermos a diversidade cultural da África subsaariana, devemos desfazer um preconceito que muitos carregam consigo sobre a porção sul do continente. A miséria, a fome, as doenças e a desigualdade social não fazem parte da história antiga da África.