Na Roma Antiga, como os homossexuais eram tratados?
Respostas
Resposta:
Com a chegada do cristianismo ao poder, qualquer expressão de amor homossexual tornou-se um tabu e proibiu-se a sua prática. Em 390 Teodósio I proclamou uma lei proibindo permanentemente todas as relações sexuais com pessoas do mesmo sex3, tendo como punição a morte.
Explicação:
No início da República Romana as relações homossexuais entre homens livres eram punidas até com a morte pela Lei Escantínia. Não se conhecem os termos exatos da lei, embora ela seja mencionada várias vezes pelos legisladores subsequentes, porque se legislava contra certas formas de contato sex3al, como a pederastia, que era considerada uma prática grega degenerada e, como tal, geralmente reprovada, e também contra aqueles casos em que o cidadão exercia um papel passivo no sex3 anal. Na verdade, não eram proibidas todas as práticas homossexuais, não havia qualquer restrição legal quanto à utilização sex3al de escravos homens pelo seu dono, ou naqueles casos em que homens livres exerciam um papel ativo.
Resposta e explicação:
• Informações importantes em negrito, mas recomendo ler o texto inteiro
No início da República Romana as relações homossexuais entre homens livres eram punidas até com a morte pela Lei Escantínia.
Os costumes gregos foram sendo gradualmente aceitos pela sociedade romana nos anos finais da república e no início do império, mas as relações com o mesmo sexo surgiram de uma forma bastante diferente de como surgiu a homossexualidade na Grécia Antiga. Como os homens ostentavam, em especial o pater familias (pai de família), completamente a autoridade na sociedade romana, as relações com o mesmo sexo eram frequentemente estabelecidas como as interações do tipo amo/escravo.
Utilizar os escravos para a gratificação sexual do mestre era considerado legítimo mesmo contra a vontade do escravo. Por isso, era aceitável que um cidadão romano adulto penetrasse seu escravo, sendo homem ou mulher, porém, aquele que era penetrado não era bem visto pelas outras pessoas. Assim, o termo catamita, jovem servo sexual passivo, era comumente utilizado para insultar ou ridicularizar alguém.
Com a chegada do cristianismo ao poder, qualquer expressão de amor homossexual tornou-se um tabu e proibiu-se a sua prática. Em 390 Teodósio I proclamou uma lei proibindo permanentemente todas as relações sexuais com pessoas do mesmo sexo, tendo como punição a morte. Essa condenação permaneceria na legislação de Justiniano I.
As circunstâncias que levaram ao massacre de Tessalônica, no final do século IV, dão uma prova de que até mesmo na era cristã a homossexualidade ainda era aceita por grande parte da população, mesmo sendo oficialmente perseguida. Isso aconteceu quando um cocheiro popular foi acusado de assédio sexual a um oficial do imperador e foi preso. A partir de então, a cidade se reuniu para exigir a sua libertação, demonstrando que a homossexualidade não era vista como um crime nesta parte do império.
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