• Matéria: Português
  • Autor: rafaellekelly1
  • Perguntado 4 anos atrás

Texto III:

Um encontro inesperado

- O que está fazendo por aqui, garoto? - perguntou o detetive Andrade, saltando do carro e segurando Miguel pelo braço.

- O que você quer nesta casa? - Eu? Nada... -respondeu Miguel, tentando livrar-se do aperto.

- Você não sabe que casa é esta? Vamos, responda!

O detetive Rubens colocou-se entre os dois. Afastou Andrade firmemente com uma das mãos e passou o outro braço em torno dos ombros de Miguel.

- Calma, Andrade. Deixe o garoto comigo.

- Não se meta, Rubens. Eu quero saber o que esse moleque está fazendo aqui. Esta é a casa daquele garoto que desapareceu lá do Dante. Eu quero saber...

Miguel tentou manter a cabeça no lugar. Percebeu que o jeito era bancar o garoto assustado:

- Eu... eu não sabia. O que é que tem essa casa? Eu ia falar com um amigo que...

- Ah, é? - gozou Andrade. - E você também estava visitando amiguinhos quando foi fazer perguntas na casa daquela menina que desapareceu do Equipe? E na casa daquele garoto que sumiu do Vera? Hein? Responda!

Por um instante Miguel não soube o que responder. Ele estava sendo seguido o tempo todo! Por quê? Será que Magrí, Calú e Crânio também estavam sendo seguidos? Era preciso pensar depressa. Se a polícia desconfiava dele, era por causa de alguma coisa que ele tinha dito ou feito no interrogatório lá na sala do professor Cardoso, o diretor do Elite. Então não haveria razão para desconfiar dos outros três, a menos que a polícia soubesse da existência dos Karas. Impossível! Ou não? Ou... teria o Chumbinho aberto o bico?

Aos poucos, a voz calma do detetive Rubens trouxe de novo o líder dos Karas à realidade: - Desculpe, Miguel, mas é verdade. Você andou visitando as casas de dois dos garotos desaparecidos. Nós sabemos. Por quê? O que você tem a ver com isso?

- Nada. É que... Pela primeira vez Miguel estava atordoado. Sua presença de espírito, tão brilhante em situações inesperadas, não lhe trazia qualquer inspiração.

Andrade não estava para brincadeiras:

- Você não acha suspeitas essas suas visitinhas, garoto? Logo quando um colega seu também sumiu?

- O senhor está enganado. Eu vim...

- Garoto, acho melhor me acompanhar até à delegacia. Acho que temos umas coisinhas a esclarecer.

- Espera aí, Andrade - interrompeu Rubens. - O rapaz é menor. Você não pode...

- Posso. Eu não estou prendendo o garoto. Estou apenas querendo interrogar uma possível testemunha.

(BANDEIRA, Pedro. A droga da obediência. São Paulo: Moderna. 1999 - Fragmento)

A modalização do texto consiste em revelar as intenções do autor ao escrevê-lo ou pronunciá-lo. Observe esta fala do detetive Andrade:

“- Você não acha suspeitas essas suas visitinhas, garoto? Logo quando um colega seu também sumiu? “

Sobre a intenção de Andrade ao usar o diminutivo, é correto afirmar que a empregou para

A
demonstrar ironia em sua fala.

B
expressar orgulho em sua pergunta.

C
denotar tristeza em suas palavras.

D
revelar simpatia em sua indagação.

Respostas

respondido por: yukosan178
7

Resposta:a ironia

Explicação:

respondido por: Vivizocs
0

Resposta:

letra A

Explicação:

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