Detenho-me diante de uma lareira e
olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas
pinturas antigas; remexo as brasas com o
ferro, baixo um pouco a tampa de metal
e então ele chia com mais força, estala,
raiveja, grunhe. Abro: mais intensos cla-
rões vermelhos lambem o grande quarto e
a grande cômoda velha parece regozijar-se
ao receber a luz desse honesto fogo Há chamas douradas, pinceladas azuis, bra-
sas rubras e outras cor-de-rosa, numa delica-
deza de guache. Lá no alto, todas as minhas
chaminés devem estar fumegando com seus
penachos brancos na noite escura; não é a
lenha do fogo, é toda a minha fragata velha
que estala de popa a proa, e vai partir no
mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações.
No excerto, o narrador propõe um percurso metafórico
que vai do aquecimento da casa a imagem da partida
de um barco. O segmento em que reforça e explicita
essa passagem do plano literal ao metafórico é:
a) numa delicadeza de guache.
b) todas as minhas chaminés devem estar fume-
gando com seus penachos brancos na noite es-
cura...
c) não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata
velha que estala de popa a proa...
d) e vai partir no mar de chuva.
e) Dentro, leva cálidos corações.
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Resposta:
No trecho “... e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe.” ha uma sequencia de verbos gradativos, em ordem crescente. Ou seja, elas vão de uma palavra com um sentido mais eufêmico, para um mais hiperbólico (exagerado).
Explicação:
espero ter ajudado
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