• Matéria: Biologia
  • Autor: leandralisboa110
  • Perguntado 4 anos atrás

Fernando Augusto, branco (recessivo), de olhos azuis (dominante), cabelos lisos (dominante) e com lábios finos (recessivo), casou-se com Joyce, Morena (dominante), olhos castanhos (recessivo), cabelos cacheados (dominante) e lábios grossos (recessivo). Quais as possibilidades de Fernando e Joyce, terem 1 filho que seja, loiro, olhos castanhos, cabelos lisos e lábios grossos?

Alguém pode me ajudar ​

Respostas

respondido por: liviaalmeida14
0

Resposta:

“Nós buscávamos algo mais localizado. (...)

Conviver com os índios é muito humilhante, se você tiver honestidade intelectual,

porque você vê a maneira depauperada que nós estamos vivendo hoje. Por exemplo, a arte

que nós fazemos, os conceitos deles são completamente diferentes. Por exemplo, dentro do

pensamento deles, não podemos mudar uma obra de arte de local. Porque se achou que

ela tem um local no mundo, você não pode transportar ela para qualquer lugar. A obra de

arte ocidental está em todos os lugares, em todos os conceitos, ela não tem

necessariamente que ver com algum conceito específico. Tem mais a ver com o valor e a

estética. E quando uma obra vale tantos milhões, isso acaba influenciando a própria

estética da obra. Acaba conferindo um valor estético que algumas vezes a obra não tinha

originalmente. É um valor conferido de forma abstata.

Isso não existe no mundo indígena. Lá os trabalhos estão inseridos no contexto

metereológico, cósmico, das estações do ano. Cantos não são feitos a qualquer hora, por

qualquer pessoa, de qualquer idade. Crianças, homens, mulheres, curandeiros, cada um

tem um canto. Não existe essa coisa genérica, existe como uma espécie de conexão da arte

com o mundo, com toda as dimensões da existência. Nós vivemos completamente

desconexos. Você vê a obra de arte do mundo não indígena, do mundo dominante, ela é

flutuante, é muitas vezes vazia. Muitas vezes ela não está no contexto próprio. Às vezes ela

está num contexto que a diminui, às vezes ela está num contexto que é diminuído por ela. E

tudo isso afeta ela muito mais do que as pessoas estão acostumadas a perceber. Seria

importante pensarmos mais nisso, nas diferenças do olhar indígena e do nosso, até para

fazer elementos de cura para o mundo ocidental. (...)

É que você realmente entra em um mundo completamento ordenado.

Aparentemente você não vê ordem, mas desconfia que existe um lugar das coisas. E

quando você entra, não tem mais dúvida. Tudo tem lugar, hora, contexto. Você não pode

de maneira nenhuma, cruzar essas coisas. (...)

É uma experiência diversa, que nos diz que não existe aquela coisa do eterno

presente, e ajuda a desalienar o nosso pensamento. É preciso aprender com eles que a

gente está em uma realidade falsa, descontextalizada, imperada pelo capitalismo, pelos

valores abstratos. E a arte está navegando nisso. Haverá um ponto em que a gente terá que rever isso”

espero ter ajudado

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