• Matéria: Português
  • Autor: Gigi031004
  • Perguntado 4 anos atrás

A Coisa



A casa do avô de Alvinho era uma dessas casas antigas, grandes, que têm dois andares e mais um velho porão, onde a família guarda tudo que ninguém sabe bem se quer ou não quer.

Um dia Alvinho resolveu ir lá embaixo procurar uns patins que ele não sabia onde é que estavam. Pegou uma lanterna, porque as lâmpadas do porão estavam queimadas, e foi descendo as escadas com cuidado.

No que foi, voltou aos berros:

­ — Fantasma! Uma coisa horrível! Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da barriga.

Ninguém acreditou, está claro! Onde é que já se viu monstro com luz saindo da barriga? Nem em filme de guerra nas estrelas!

Então o vovô foi ver o que havia. E voltou correndo, como o Alvinho:

­ — A Coisa! ­— ele gritava. ­— A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com os olhos brilhantes, como se fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados!

Nessa altura, a família toda começou a acreditar. E tio Gumercindo resolveu investigar. E voltou, como os outros, correndo e gritando:

­ — A Coisa! É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca. É muito horrorosa!

O Alvinho já estava roendo as unhas de tanto medo. Dona Julinha, a avó de Alvinho, era a única que não estava impressionada.

­ — Deixa de bobagem, Alvinho. Pra que este medo? Fantasmas não existem!

­ — Mas o meu existe! ­— disse Alvinho.

­ — Tá bem, tá bem, eu vou ­— disse Dona Julinha. Eu vou ver o que há...

E Dona Julinha foi tirar a limpo o que estava acontecendo. Foi descendo as escadas devagar, abrindo as janelas que encontrava.

A família veio toda atrás, assustada, morrendo de medo do monstro, fantasma, alma penada, fosse ele o que fosse. Até que chegaram lá embaixo e Dona Julinha abriu a última janela.

Então todos começaram a rir, muito envergonhados.

A Coisa era... um espelho!

Dona Julinha tinha levado o espelho para baixo e tinha coberto com um lençol (Dona Julinha não tinha medo de fantasmas, mas tinha medo de raios...).

Um dia o lençol desprendeu e caiu e se transformou na... Coisa...

Cada um que descia as escadas, no escuro, via uma coisa diferente no espelho. E todos eles pensavam que tinham visto... a Coisa.

A Coisa eram eles mesmos!

Não ria, não! Você já reparou como um espelho no escuro é esquisito?

Ruth Rocha

Um dos elementos que ajudam a construir o ar de mistério do texto é o(a)

dúvida sobre a veracidade do ocorrido, pois o narrador afirma que um monstro como a "Coisa" não se vê "nem em filme de guerra nas estrelas".

fato de Dona Julinha se manter calma e sem temer o suposto fantasma, demonstrando já saber o que havia ali.

medo das personagens ao saírem do porão, tendo a certeza de que havia uma espécie de monstro no local.

temor do avô de Alvinho, que foi o único a acreditar que havia algo de sobrenatural no porão.

Respostas

respondido por: umcaraanonimo253
3

Resposta:

Bem, isso é só uma história. Todos podem te responder para ganhar pontos.


Gigi031004: N ão é n.
Gigi031004: Leia direito!
Gigi031004: Tem sim uma pergunta!
Gigi031004: ''Um dos elementos que ajudam a construir o ar de mistério do texto é o(a)''
Gigi031004: Aprende a ler!
Gigi031004: E a resposta é: medo das personagens ao saírem do porão, tendo a certeza de que havia uma espécie de monstro no local.
respondido por: raynefernandes3
1

Resposta:

legal

me ajudem pfv

A coisa

A casa do avó de Alvinho era uma dessas casas antigas, grandes, que têm dois andares e mais

um velho porão, onde a familia guarda tudo que ninguém sabe bem se quer ou não quer.

Um dia Alvinho resolveu ir lá embaixo procurar uns patins que ele não sabia onde é que

estavam. Pegou uma lanterna, porque as lâmpadas do porão estavam queimadas, e foi descendo

as escadas com cuidado.

No que foi, voltou aos berros:

- Fantasmal Uma coisa horrivell Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo

da barriga.

Ninguém acreditou, está claro! Onde é que já se viu monstro com luz saindo da barriga? Nem

em filme de guerra nas estrelas!

Então o vovó foi ver o que havia. E voltou correndo, como o Alvinho.

-A Coisa! - ele gritava. A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com os olhos brilhantes, como

fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados!

se

Nessa altura a familia toda começou a acreditar. E tio Gumercindo resolveu investigar. E voltou,

como os outros, correndo e gritando:

-A Coisal É uma Coisal Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca. É muito horrorosal

O Alvinho já estava roendo as unhas de tanto medo. Dona Julinha, a avó de Alvinho, era a

única que não estava impressionada.

- Deixa de bobagem, Alvinho. Pra que este medo? Fantasmas não existem!

- Mas o meu existe! -disse Alvinho.

-Tá bem, tá bem, eu vou - disse Dona Julinha. Eu vou ver o que há...

E Dona Julinha foi tirar a limpo o que estava acontecendo. [...]

A Coisa era... um espelho!

Dona Julinha tinha levado o espelho para baixo e tinha coberto com um lençol (Dona Julinha

não tinha medo de fantasmas, mas tinha medo de raios...).

Um dia o lençol desprendeu e caiu e se transformou na... Coisa..

Cada um que descia as escadas, no escuro, via uma coisa diferente no espelho. E todos eles

pensavam que tinham visto... a Coisa.

A Coisa eram eles mesmos!

ROCHA, Ruth A coise São Paulo: Methoramentos Disponível em: <https:/by/35Me Acesso em 11 nov 2020 Fragmento (P06027417_SUP)

09) (Pos027a) Qual é o conflito que dá inicio à história narrada nesse texto?

A) A afirmação de Dona Julinha de que fantasma seria bobagem.

B) A decisão de Tio Gumercindo de investigar o fantasma.

C) A descoberta do fantasma no porão por Alvinho.

D) A descrição feita pelo vovô de como seria a Coisa.

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