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A Arte Conceitual é uma vanguarda artística moderna e contemporânea que surgiu nos anos 60 e 70 na Europa e nos Estados Unidos. Como o próprio nome indica, trata-se de uma expressão artística mais pautada nos conceitos, reflexões e ideias, em detrimento da própria estética (aparência) da arte.
Nela, a atitude mental é o mais relevante.
Em outras palavras, a arte conceitual é uma “arte-ideia” em detrimento da “arte-visual”, sendo o principal material da arte a "linguagem".
Diante disso, os artistas conceituais preocupam-se em criar reflexões visuais para seus espectadores.
Resumo sobre Arte Conceitual
Esse movimento artístico que critica o formalismo e propõe a autonomia da obra artística, foi capaz de revolucionar muitos aspectos da arte.
O termo “arte conceitual” foi utilizado pela primeira vez pelo artista, escritor e filósofo estadunidense Henry Flynt, em 1961, durante as práticas do Grupo Fluxus.
O Grupo Fluxus foi um movimento que reuniu artistas em todo o mundo e tinha como base fazer oposição à comercialização da arte.
Eles trouxeram novas definições à pratica artística, dissipando os limites da arte e mesclando diversos conceitos, com grande influência do dadaísmo.
Sobre a arte conceitual, afirma o escultor estadunidense Sol LeWitt (1928-2007):
A própria ideia, mesmo se não é tornada visual, é uma obra de arte tanto quanto qualquer produto.
Para muitos estudiosos, Marcel Duchamp (1887-1968) foi um dos precursores da arte conceitual no momento em que colocou um mictório no museu e o chamou de arte, com sua obra Fonte, de 1917.
Anteriormente, o artista já havia elaborado outras obras que seguiam a mesma linha, como Roda de Bicicleta, de 1913.
Ali, a ideia dos “ready mades” (já feito), considerado uma antiarte, não era o produto artístico, mas sim o conceito de arte que o artista quis demostrar e que levava mais ao processo reflexivo, em detrimento do visual.
A grande questão da arte conceitual era definir os limites e fronteiras do fazer artístico, ou seja, ela é baseada na indagação: O que é arte?
Principais caraterísticas da Arte Conceitual
Podemos listar como as principais caraterísticas da arte conceitual:
Crítica ao formalismo e ao mercado da arte;
Crítica ao materialismo e ao consumo;
Oposição ao hermetismo da arte minimalista;
Popularização da arte como veículo de comunicação;
Arte mental e reflexiva;
Radicalismo e culto à antiarte;
Ruptura com a arte clássica e formal;
Uso de fotografias, textos, vídeos, instalações, performances (teatro, dança).
A Arte Conceitual no Brasil
Essa proposta de arte mais reflexiva atingiu o país a partir de 1970. No Brasil, alguns artistas conceituais que merecem destaque foram:
Cildo Meireles (1948): artista plástico
Artur Barrio (1945): artista plástico luso-brasileiro
Carlos Fajardo (1941): artista multimídia
José de Moura Resende Filho (1945): escultor e arquiteto
Mira Schendel (1919-1988): artista suíça radicada no Brasil
Antônio José de Barros de Carvalho e Mello Mourão “Tunga” (1952-2016): ator performance, escultor e desenhista
Waltércio Caldas (1946): artista gráfico, escultor e desenhista
Principais Artistas
No mundo, os principais representantes da arte conceitual foram:
- Marcel Duchamp (1887-1968)
- Joseph Beuys (1921-1986)
- Joseph Kosuth (1945)
- Daniel Buren (1938)
- John Cage (1912-1992)
- Nam June Paik (1932-2006)
- Wolf Vostell (1932-1998)
- Yoko Ono (1933)
- Lawrence Weiner (1942)
- Robert Barry (1936)
- Keith Arnatt (1930-2008)
- Robert Rauschenberg (1925-2008)
- Charlotte Moorman (1933-1991)
- Sol LeWitt (1928-2007)
- Genco Gulan (1969)