Uso de dados: ainda é possível ter privacidade na internet?Em tempos de home office e excesso de horas de navegação online
devido ao isolamento social, você precisa baixar um arquivo ou comprar
um produto e surge um pedido de e-mail, um cadastro ou um acesso
facilitado via Facebook. Se o arquivo ou produto realmente te interessam,
então você fornece o e-mail ou clica no botão “aceito os termos”,
enquanto troca seus dados pelo acesso ao que deseja.
A verdade é que é quase impossível navegar na internet sem deixar
rastros em forma de dados. Isso é uma realidade. Mas, ela é negativa ou
positiva? Talvez a resposta mais sensata é que depende da forma de uso
dessas informações.
Resumidamente, se uma empresa séria estiver com seus dados na mão,
eles serão usados em seu benefício. Possivelmente, essa empresa vai te
oferecer produtos ou serviços alinhados ao seu perfil. Ou seja: seus dados
tornam possível que ofereçam algo que você realmente precisa. Quando
os dados são usados de maneira positiva, eles geram satisfação e
conveniência.
Por outro lado, existe a possibilidade de uso mal-intencionado dos dados.
Exemplo: ao mesmo tempo, é possível que alguma empresa saiba
exatamente por quais sites você anda navegando e, de alguma forma, te
prejudique com isso. Além disso, é possível que você deixe senhas e
dados sensíveis à disposição de companhias e pessoas maliciosas.
Dessa forma, fica claro que não é a disponibilidade dos dados que
preocupa, mas sim quem os acessa. Dados estão disponíveis mesmo e
daqui para frente estarão cada vez mais — vide o aumento no uso deispositivos com acesso à internet durante a epidemia. Nós, como
usuários, temos que entender que é um caminho sem volta. O assustador
é não ter autonomia para saber quem acessa esses dados. Se for o Google,
ok, eu confio que eles farão um bom uso de dados. Mas quem mais pode
acessar?
Uso transparente dos dados
Cabe às empresas, além de se adequarem à Lei Geral de Proteção de
Dados, que é o básico, agirem de forma transparente. Não é coerente
ludibriar o usuário: é preciso comunicar de forma clara as regras para a
utilização dos dados, assim como pedir autorização para tratá-los. Além
disso, as empresas sérias precisam investir em tecnologia robusta para
garantir a proteção dos dados dos seus clientes. Seguramente, esse será
um dos pilares das grandes empresas nos próximos anos.
Já o usuário, por sua vez, precisa ser bem mais prudente, principalmente
agora em que ele está ainda mais conectado. Prestar bem atenção em que
tipo de dados estão te solicitando, que tipo de uso da internet você está
fazendo e, evidentemente, se atentar aos termos de uso. Todo cuidado é
pouco.
De maneira resumida, a questão é que teremos que trocar um pouco de
privacidade e disponibilizar alguns dados para ganharmos acessos a
alguns serviços. O grande desafio é proteger o usuário e garantir a
idoneidade de quem tem acesso a esses dados. Questões:
1) Qual o tema do texto acima?
2) Qual a tese do autor frente ao tema abordado no texto?
3) Qual a estratégia usada pelo autor para sustentar sua tese? Descreva e
exemplifique, usando trechos do texto, se possível, para tanto
Respostas
Resposta:
1 ) está falando sobre a privacidade na internet .
2) O autor ele faz um grande questionamento se é possível você ter a privacidade na internet , e ele ainda abre o exemplo , colocando a facilidade de se ter um produto desejado e ainda menciona que onde você fornece os dados você deixa seus rastros , deixando bem claro que o problema não é o fornecimento de dados deixados para trás, mas sim pessoas má intencionadas que podem ter acesso aos seus dados e fazer o mau uso.
3) o autor menciona que as empresas precisam investir em tecnologias robustas e diz que eles deveriam se adequarem a Lei de proteção e frisa que o usuário deve ficar atento em quais dados ele está fornecendo e aí relembra que temos que deixar um pouco da nossa privacidade, pois é necessário para se obter alguns serviços.
Explicação: