Pomar
Menino – madruga
o pomar não foge!
(pitangas maduras
dão água na boca.)
Menino descalço
Não olha onde pisa.
Trepa pelas árvores
Agarrando pêssegos.
(Pêssegos macios
como paina e flor.
Dentadas de gosto!)
Menino, cuidado,
jabuticabeiras
novinhas em folha
não aguentam peso.
Rebrilham, cem olhos
agrupados, negros.
E as frutas estalam
– espuma de vidro –
nos lábios de rosa.
Menino guloso!
Menino guloso,
Ontem vi um figo
mesmo que um veludo,
redondo, polpudo,
E disse: este é meu!
Meu figo onde está?
– Passarinho comeu,
passarinho comeu…
LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. São Paulo: Peirópolis, 2008, p. 22.
Vocabulário:
Paina: material semelhante ao algodão.
Rebrilhar: tornar a brilhar.
O modo verbal predominante no poema é
A
infinitivo.
B
indicativo.
C
subjuntivo.
D
imperativo.
Respostas
respondido por:
1
resposta: olá (c)
explicação: eu n tenho muita certeza
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