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Sociologia é uma ciência situada dentro do conjunto das ciências humanas. O objetivo da sociologia é estudar, entender e classificar as formações sociais, as comunidades e os agrupamentos humanos, para que outras ciências e técnicas possam apresentar propostas de intervenção social que resultem em melhorias na sociedade. Nesse sentido, educadores, médicos, psicólogos, engenheiros, arquitetos, urbanistas, juristas, advogados, publicitários, jornalistas, economistas, enfim, quase todos os profissionais e pesquisadores de quase todas as áreas necessitam das teorias apresentadas pela sociologia.
A sociologia é feita por meio da investigação científica das estruturas sociais.
A sociologia é feita por meio da investigação científica das estruturas sociais.
Veja também: Desigualdade social: tema amplamente discutido no âmbito sociológico
Como surgiu a sociologia
A partir do século XV, a sociedade europeia vê-se em um turbilhão de mudanças significativas. Em primeiro lugar, temos o surgimento do capitalismo em sua forma mercantilista — quando os Estados recém-formados e unificados começam a traçar acordos comerciais e estabelecer novas rotas para compra e venda de produtos. Ademais, temos uma classe social que havia surgido no fim da Idade Média e começava a fortalecer-se, sobretudo em alguns lugares da Europa, como França e Itália, devido à participação no comércio mercantilista: essa classe é a burguesia.
O fortalecimento da burguesia levou ao maior investimento na navegação e na descoberta de novas rotas comerciais pelos oceanos. Todo esse processo culminou na chegada e colonização dos povos europeus (em especial portugueses, espanhóis e, mais tarde, ingleses) em terras do continente americano, que até então eram desconhecidas pelos povos da Europa, da Ásia, da Índia e da África.
O contato do homem branco com os nativos da América despertou nos europeus, detentores de uma maior tecnologia para a época em alguns aspectos, a ideia de que eram superiores culturalmente. Ao mesmo tempo, o europeu tinha curiosidade pela cultura e pelo modo de vida dos povos americanos, o que levou os primeiros exploradores das terras americanas a tentarem entender e classificar a cultura nativa.
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Isso resultou em um contato extremamente etnocentrista, pois o europeu via o nativo como inferior. Não obstante, esse contato também serviu como base para os primeiros sinais de um conhecimento que mais tarde fará parte do amplo conjunto de estudos, que, junto à sociologia, faz parte das ciências sociais: a antropologia.
Mais tarde, a Europa viveu outras revoluções, dessa vez mais rápidas e intensas: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Na Inglaterra começam a surgir as primeiras indústrias, empreendidas por uma parte da burguesia que havia enriquecido muito com o comércio e com o empréstimo de dinheiro. No início do século XIX, o modo de produção industrial tomava conta de grandes centros urbanos europeus, como Londres e Paris.
Por conta disso, houve intenso êxodo rural nesses locais, o que ocasionou uma explosão demográfica, seguida por vários problemas sociais decorridos da falta de emprego para todos: fome, miséria, violência, condições precárias de saneamento e, consequentemente, alastramento de epidemias. A vida nos centros urbanos para a população mais pobre era caótica. Mesmo para aqueles que conseguiam trabalhar nas indústrias, a vida era difícil, devido à desumana exploração de sua mão de obra por parte da burguesia, o que resultou em exaustivas jornadas de trabalho e baixa remuneração.
No final do século XVIII, a Revolução Francesa causou um longo período de instabilidade política para os franceses, que, após o fim do Antigo Regime (a monarquia), viram-se diante de um vazio político que resultou em diversas experiências políticas, muitas das quais fracassaram. O cenário era de instabilidade política e econômica, fome, violência e desordem social.
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