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Segue abaixo:
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Em 1954, uma dose de cianeto pôs fim à vida daquele que é considerado o pai da computação: o inglês Alan Turing. Em seus 41 anos, o matemático acumulou diversos feitos. Ele foi um dos responsáveis por descobrir o local exato onde as tropas nazistas estariam em 6 de junho de 1944, que culminou no desembarque de 155 mil soldados aliados na Normandia, fato que entrou para a história como Dia D.
Seu legado não se limita aí. Hoje ele dá nome a uma lei inglesa, criou o teste usado para testar a qualidade da inteligência artificial e até já foi tema de uma versão comemorativa do jogo Monopoly.
Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, Inglaterra. Ainda na infância, já dava sinais de ser mais inteligente que a média. Aos 13 anos, teve a oportunidade de estudar na Sherborne School, em uma prestigiada escola da capital inglesa, mas tinha um problema: ficava a quase 100 quilômetros de onde morava.
No primeiro dia de aula, uma greve impediu que os trens circulassem. Nada que impedisse Turing, que pedalou a distância para não perder a aula.
Desde a infância a corrida era o esporte favorito do matemático. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele corria mais de 60 km entre uma instalação militar secreta do governo britânico, Bletchley Park, e Londres, para atender à reuniões.
Ele chegou a participar das eliminatórias para representar seu país nas Olimpíadas em 1948, completando a maratona em 2 horas e 46 minutos. Onze minutos depois do campeão olímpico daquele ano. Uma lesão na perna, porém, acabou com sua carreira de atleta.
Em um de seus artigos, sobre números computáveis, defendeu que existem problemas que não têm solução e que nem toda afirmação lógica está apta a ser comprovada a partir de qualquer sistema formal da matemática. A conclusão contradiz a teoria do matemático David Hilbert, que acreditava ser impossível existir na matemática algo cuja verdade nunca pudesse ser descoberta. Idealizou um processo mecânico que conseguisse dizer quando um procedimento lógico poderia ser comprovado ou não.
Foi assim que nasceu a Máquina de Turing, um aparelho hipotético que mudaria de função conforme a necessidade, baseando todo seu funcionamento em um grande número de cálculos em sistema binário permitindo definir e, quando possível, resolver problemas por meio de uma sequência de etapas. Vem daí a lógica do algoritmo e de toda a computação moderna.