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Chama-se arquitetura bizantina aquela desenvolvida pelo Império Bizantino (assim chamado como referência a Bizâncio,[1] o antigo nome da capital imperial bizantina Constantinopla) durante a Idade Média (atualmente será mais correto denominar este período Antiguidade Tardia - a dita decadência romana - e não Idade Média) como desenvolvimento da arquitetura romana.
O estilo caracteriza-se pelos mosaicos vitrificados e pelos ícones, pinturas sacras normalmente feitas sobre madeira, com disposição tríptica.
A arquitetura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas recebidas pelo Império Bizantino. Também destacou-se no desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas arrojadas, tendo sido responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas.
Os bizantinos destacaram-se especialmente na arquitetura religiosa, tendo na Catedral de Santa Sofia (Hagia Sofia - sagrada sabedoria, em Istambul, atual Turquia), sua realização mais paradigmática. Construída pelo imperador Constantino em 360, mas com a ideia encomendada por Justiniano, que contratou dois matemáticos para realizarem o projeto, Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Os dois surpreenderam a todos construindo uma obra que representa um ícone da arquitetura bizantina.
O edifício é uma mistura das grandes construções romanas, como as termas de Caracala, com o clima místico das construções orientais. A estrutura se assemelha a uma basílica romana, com uma forma retangular, que abriga até três campos de futebol. Além da dimensão, o seu grandioso domo central, diferente do Panteão que tinha paredes circulares, e que é aqui pela primeira vez utilizado, torna-se num dos mais impressionantes pontos de interesse. Quatro arcos formam um quadrado que sustenta pendentes de abóbadas esféricas, que, por sua vez, apoiam o imenso domo. A base deste domo é vazada por quarenta janelas em arco que permitem a entrada da luz, dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial.
Durante quatrocentos anos esta cidade foi a maior do mundo e, da Rússia a Veneza, as catedrais se basearam na Hagia Sofia, uma das mais belas igrejas do cristianismo. O tempo não foi obstáculo para que ela ainda hoje permaneça bela, mesmo tendo sido várias vezes danificada e reconstruída após incêndios, terremotos e vandalismo. E finalmente convertida em mesquita, em 1453, onde hoje, dos seus quatro minaretes, se anuncia um exemplo de persistência, talvez pela fé, talvez pela inconsciente vontade de preservar a beleza.