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Em cada um desses três estágios, o material genético do vírus sofre importantes mudanças em seu epigenoma. Quer dizer, no padrão de sinais químicos - uma espécie de interruptores - que faz que seus genes (genoma) se expressem ou não. A metilação os desativa e a acetilação os ativa. "Quando o vírus entra no corpo, nos primeiros estágios da infecção, se expressa com todos os seus genes porque não está metilado. Assim, o sistema imunológico pode detectá-lo e eliminá-lo", explica Esteller.
Mas pouco a pouco o vírus consegue enganar o sistema imunológico. Conforme a infecção avança para um estágio pré-maligno, os vírus vão ficando mais metilados, o que significa que seus genes vão deixando de se expressar, e portanto o sistema imune vai tendo cada vez mais dificuldade para detectá-los e atacá-los, explica Esteller.
O vírus consegue esse estado roubando proteínas da célula hospedeira. Ele as utiliza para criar uma roupagem bioquímica com a qual se camufla do sistema imune. Mas não esconde sua carga viral, que continua ativa. Quando o tumor maligno aparece, o vírus não só conseguiu se camuflar totalmente, como com o espólio genético também conseguiu modificar o comportamento da célula e transformá-la em cancerígena.
O que faz que esses vírus aumentem sua capacidade de enganar? Para ter uma resposta precisa ainda será necessário pesquisar mais, mas já há indícios de que por um lado influem diferenças genéticas individuais e, por outro, há estudos que indicam que algumas exposições ambientais facilitam a metilação. É o caso da exposição ao tabaco, a doses de radiação elevada ou excesso de sol
Mas pouco a pouco o vírus consegue enganar o sistema imunológico. Conforme a infecção avança para um estágio pré-maligno, os vírus vão ficando mais metilados, o que significa que seus genes vão deixando de se expressar, e portanto o sistema imune vai tendo cada vez mais dificuldade para detectá-los e atacá-los, explica Esteller.
O vírus consegue esse estado roubando proteínas da célula hospedeira. Ele as utiliza para criar uma roupagem bioquímica com a qual se camufla do sistema imune. Mas não esconde sua carga viral, que continua ativa. Quando o tumor maligno aparece, o vírus não só conseguiu se camuflar totalmente, como com o espólio genético também conseguiu modificar o comportamento da célula e transformá-la em cancerígena.
O que faz que esses vírus aumentem sua capacidade de enganar? Para ter uma resposta precisa ainda será necessário pesquisar mais, mas já há indícios de que por um lado influem diferenças genéticas individuais e, por outro, há estudos que indicam que algumas exposições ambientais facilitam a metilação. É o caso da exposição ao tabaco, a doses de radiação elevada ou excesso de sol
Mouraka:
Obrigada
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