• Matéria: História
  • Autor: sarahmagilirie
  • Perguntado 4 anos atrás

Pesquise sobre a Revolução pernambucana e responda as seguintes perguntas:

Onde ocorreu?

Qual o motivo que levou ao embate?

Principais lideres.

Quem combateu os revoltosos?

A revolução Pernambucana foi influenciada pelas ideias da Revolução Francesa? Explique.​

Respostas

respondido por: luizfelippe17
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Resposta: A Revolução Pernambucana, ocorrida em 1817, foi o último movimento separatista do período colonial. Está relacionada com a crise socioeconômica que o Nordeste atravessava há quase um século em razão da desvalorização do comércio do açúcar e do algodão brasileiro no mercado externo. Além disso, a presença da família real portuguesa no Brasil aumentou o custo de vida em virtude da cobrança de impostos, o que causou revolta entre os pernambucanos. Os ideais republicanos também colaboraram para que a revolta acontecesse. O governo local foi tomado pelos revoltosos, mas as tropas fiéis ao governo central conseguiram derrotá-los. Causas da Revolução Pernambucana

O Nordeste brasileiro, desde o século XVIII, com a expulsão dos holandeses, atravessou uma grave e longa crise econômica por causa da desvalorização do açúcar produzido na região no mercado europeu. Os holandeses aprenderam enquanto estiveram presentes no Brasil acerca do plantio e da colheita da cana-de-açúcar e levaram esse conhecimento para as Antilhas, tornando-se fortes concorrentes do nosso açúcar.

Por causa disso, a produção açucareira do Nordeste entrou em crise. Isso desencadeou problemas econômicos e sociais por causa da pobreza e da miséria que assolaram a região. A produção de algodão teve êxito na economia de Pernambuco, mas logo entrou em crise por causa da cobrança de impostos por parte da coroa portuguesa presente no Brasil. As ideias republicanas alcançaram a região, e as recentes nações formadas na América, que deixaram de ser colônias e se tornaram repúblicas, serviram de exemplo para os pernambucanos. Caso fosse implantada a república, as províncias teriam mais autonomia e mais liberdade para se governar, não dependendo tanto do governo central. Os gastos com a sustentação de Dom João VI e toda a sua corte no Brasil demonstravam o peso econômico do governo central sobre as demais províncias. Para bancar os gastos da coroa portuguesa e seus luxos excessivos, cobravam-se impostos. Como Pernambuco já estava em crise socioeconômica, mais impostos significaram rebelião contra o governo.

Se os aspectos econômicos e sociais em Pernambuco não iam bem, a política também não. Dom João VI reforçou a presença portuguesa nos postos de comando dos governos locais e das chefias das tropas militares. Isso desagradou à elite local, que se sentiu desprestigiada. Ao longo de todo o processo de independência do Brasil e nos primeiros anos do Primeiro Reinado, brasileiros e portugueses disputavam postos de comando nos governos e o domínio do comércio nas cidades. Com o rei português no Brasil, a presença lusitana intensificou-se, desagradando aos brasileiros, que já começavam a organizar movimentos armados para depor os chefes portugueses de seus postos.

Líderes da Revolução Pernambucana

Os líderes da revolução foram:

Domingos José Martins;

José de Barros Lima;

Cruz Cabugá;

Padre João Ribeiro.

Logo após a derrota da revolução, eles foram condenados e mortos de forma cruel em praça pública. O capitão José de Barros Lima foi enforcado e teve partes do corpo cortadas e expostas para demonstrar a força da coroa portuguesa e servir de exemplo para quem ousasse desafiá-la. A Revolução Pernambucana começou em 6 de março de 1817, quando o militar português Manoel Joaquim Barbosa foi assassinado pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à voz de prisão por suposto envolvimento em conspiração contra o governo. Isso fio o estopim para a rebelião que rapidamente dominou o Recife.

O governador da capitania, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, transferiu o governo para o Forte de Brum. Sem forças para reagir à revolta, ele fugiu em direção ao Rio de Janeiro. Os rebeldes assumiram o poder da capitania e instalaram um governo provisório, que tratou logo de adotar medidas que beneficiassem a elite local.

O movimento contou com a participação de vários grupos sociais, como a elite local, militares, comerciantes e padres. Os revoltosos defendiam:

a proclamação da República;

o fim dos impostos cobrados por Dom João VI;

a liberdade de imprensa e de culto;

o aumento do soldo dos soldados;

a instituição dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário);

a manutenção do trabalho escravo.

Esse último item das reivindicações dos participantes da Revolução Pernambucana mostra que a camada mais pobre não participou das suas atividades. Percebe-se a contradição entre o discurso e a prática. Ao mesmo tempo em que se pregava a instalação de um novo governo em Pernambuco que promovesse a igualdade e a liberdade, a escravidão seria mantida, ou seja, os negros escravos não seriam iguais aos novos governantes e nem conquistariam a liberdade. Em vários movimentos revolucionários de nossa história, observou-se isso.

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