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Resposta:
A montagem de BR3, dirigida por Antônio Araújo (1966) e encampada pelo Teatro da Vertigem, marca a passagem da tematização do sagrado da Trilogia Bíblica, formada por Paraíso Perdido, 1992; O Livro de Jó, 1995; e Apocalipse 1,11, 2000. Dedica-se a uma abordagem mais aprofundada da identidade brasileira. Com dramaturgia de Bernardo Carvalho, é a quarta e, do ponto de vista da logística, a mais ousada encenação da companhia, que atua sobre as águas do rio Tietê, em São Paulo.
Marca e fundamento do trabalho da companhia, o processo colaborativo entre os seus componentes e o dramaturgo se dá, no caso de BR3, ao longo de um apurado estudo sobre o Brasil e uma viagem para pesquisa de campo. O Teatro da Vertigem visita as cidades de Brasiléia, no Acre, Brasília e o bairro Brasilândia, na periferia de São Paulo, a fim de buscar - nesses lugares cujos nomes contêm a palavra 'Brasil' - o material do novo espetáculo. A relação centro-periferia e os contrastes sociais do país evidenciam-se na montagem.
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