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Seja no tratamento das águas que saem das torneiras ou no controle das águas que correm pelos rios e lagos, o capital externo encontra, a cada dia, mais espaço no Brasil. Os caminhos abertos pelo novo marco do saneamento básico e pelo PL 495/2017, que cria o Mercado de Águas, seguem a trilha de um movimento global no qual a água tornou-se fonte de lucro primária. Documentos da Organização das Nações Unidas da década de 1990 como a Agenda 21 e a Carta da Terra já alertavam o risco de a água ser a maior razão de guerras futuras. Décadas depois, é inegável que a substância é alvo de cobiça dos setores de bebidas engarrafadas, do agronegócio e de mineradoras, gerando conflitos em diversos países.
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