Por que as mercadorias quando chegavam a Sahel tinham de ser
transferidas para os animais chegar ao Sul?
Respostas
O Sahel (do árabe ساحل, sahil, que significa "costa" ou "fronteira") é uma faixa de 500 a 700 km de largura, em média, e 5 400 km de extensão, entre o deserto do Saara, ao norte, e a savana do Sudão, ao sul; e entre o oceano Atlântico, a oeste, e ao mar Vermelho, a leste.
O Sahel atravessa os seguintes países (de oeste para leste): Gâmbia, Senegal, a parte sul da Mauritânia, o centro do Mali, norte do Burkina Faso, a parte sul da Argélia, Níger, a parte norte da Nigéria e dos Camarões, a parte central do Chade, centro e sul do Sudão, o norte do Sudão do Sul e a Eritreia. Eventualmente, são incluídos também a Etiópia, o Djibouti e a Somália.[1]
Constitui uma zona de transição entre a ecozona paleoártica e a ecozona afro-tropical, ou seja, entre a aridez do Saara e a fértil da savana sudanesa (no sentido norte-sul).[2]
Trata-se de uma região fitogeográfica dominada por vegetação de estepes, que recebe uma precipitação entre 150 e 300 mm por ano. Pode, portanto pensar-se que a agricultura no Sahel está condenada ao fracasso. No entanto, a região é protegida por um cinturão verde constituído por uma flora altamente diversificada, que a protege dos ventos do Saara. Por outro lado, o Sahel tem sido atingido por longos períodos de seca. Entre 1968-1974, a prolongada seca levou a uma situação de fome nos países da região, o que motivou a fundação do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, uma agência especializada das Nações Unidas.
Por vezes, o termo 'Sahel' designa os países da África ocidental, para os quais existe um complexo sistema de estudos da precipitação.
Ao longo da História da África, o Sahel assistiu à sucessão de alguns dos mais avançados reinos africanos, que beneficiaram do comércio através do deserto, conhecidos como Reinos Sahelianos.