Respostas
Resposta:
O texto se propõe a discutir a importância dos grupos musicais
juvenis nos processos de socialização vivenciados por jovens
pobres na periferia de Belo Horizonte, problematizando o peso
e o significado de ser membro de um grupo musical no conjunto da vida de cada um. Tem como foco os integrantes de
três grupos de rap e três duplas de funk, procurando analisar
as suas experiências culturais e o sentido que tais práticas adquirem no conjunto dos processos sociais que os constituem
como sujeitos. Significa compreender como eles elaboram as
suas vivências em torno do estilo, e os significados que atribuem a elas, no contexto social onde se inserem como jovens
pobres.
A discussão aponta que os jovens rappers e funkeiros encontram poucos espaços nas instituições do mundo adulto para
construir referências e valores por meio dos quais possam se
construir como sujeitos. Os estilos rap e funk assumem uma
centralidade na vida desses jovens por intermédio das formas
de sociabilidade que constroem, da música que criam, e dos
eventos culturais que promovem.
Esses estilos possibilitaram e vem possibilitando a esses jovens
práticas, relações e símbolos por meio dos quais criam espaços
próprios, significando uma referência na elaboração e vivência
da sua condição juvenil, além de proporcionar a construção de
uma auto-estima e identidades positivas.