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A partir do século XIII os reis europeus foram aos poucos conquistando mais e mais poder. Apresentavam-se até mesmo como representantes divinos na terra. No século XVII, os reis detinham poder absoluto nos principais Estados Nacionais no continente europeu.
Você sabe como isso ocorreu? No lugar de feudos senhoriais surgiram reinos centralizados: os Estados Nacionais. E no lugar do poder descentralizado dos senhores feudais, o poder centralizado do rei.
Você já ouvir falar do rei francês Luís XIV? Ele era chamado de Rei Sol, e foi o maior símbolo do Absolutismo. Ele disse a famosa frase “L’État c’est moi” (O Estado sou eu). Luís XIV foi um expoente do absolutismo (no quadro).Absolutismo - Luís XIVNesta forma de governo, somente o rei legislava, governava, administrava a justiça e comandava o exército. Esse sistema político forte, pessoal e sem leis restritivas ao poder real chamou-se Absolutismo.
Você sabe como o rei absolutista conseguiu impor respeito a sua autoridade? Não? Então preste atenção!
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Para governar absoluto, o rei se impunha por meio da força militar, da cobrança de impostos e por meio de teorias que justificavam o seu poder. Vamos ver o que pensavam alguns desses teóricos?
Thomas Hobbes – Para Thomas Hobbes (foto abaixo) o indivíduo deveria dar plenos poderes ao Estado, renunciando a sua liberdade, a fim de proteger a própria vida.
Em sua obra o Leviatã (foto à direita) ele defendia o poder absoluto do Estado (que poderia ser representado por um monarca ou uma assembleia).Absolutismo- Thomas Hobbes De acordo com este pensador, foram os próprios seres humanos que entregaram poderes totais ao rei, já que, ao viver em estado natural, os homens obedeciam apenas aos seus interesses particulares. A vida era uma guerra permanente de “todos contra todos”.
Dica: veja a aula do prof. Felipe e continue se aprofundando no conteúdo de Absolutismo!
O Absolutismo foi mais intenso na França, na Espanha e em Portugal. Mas não ocorreu em toda a Europa. Como você já viu no começo deste post, o rei que melhor representou o regime absolutista na Europa ocidental foi o rei francês Luís XIV.
Jacques Bossuet – Este bispo e teólogo francês (foto abaixo) desenvolveu a doutrina do direito divino dos reis, uma teoria apoiada na Bíblia. Em sua obra “A política inspirada na sagrada escritura”, Jacques Bossuet afirma que o rei é o representante de Deus na Terra. absolutismoDe acordo com sua teoria, o poder do soberano era de origem divina. Opor-se ao rei significava, portanto, opor-se a Deus.
Nicolau Maquiavel – Autor de “O príncipe”, manual sobre como um governante deve agir para conquistar e manter o poder, Maquiavel (foto abaixo) concebia as ações do príncipe a partir do princípio de que o poder deve ser preservado ou ampliado.absolutismoAo príncipe era preferível ser temido a ser amado pelos súditos. Por considerar a política independente da moral e da religião é considerado o fundador da ciência política.
Todas essas pessoas refletiram sobre a política de sua época e contribuíram para justificar o absolutismo monárquico, seja pela razão ou pela fé.
O Rei-Sol permaneceu no poder durante 54 anos. Para impor sua autoridade, além de usar o exército e uma burocracia estatal, atendeu aos interesses de setores da nobreza e da alta burguesia.
Com a nobreza adotou a política de “distribuição de favores”: distribuía pensões, presentes e empregos bem-remunerados. No seu Palácio de Versalhes (fotos abaixo) abrigava e sustentava milhares de nobres.absolutismoJá para ter apoio da alta burguesia favorecia-a com garantias, exclusividades e proteção aos seus negócios, vendia-lhe títulos de nobreza e arrendava-lhe impostos.
Agora que você conheceu o rei absolutista da França, Luís XIV, que tal conhecer outros reis absolutistas do período?
Então, observe as imagens abaixo de Filipe II da Espanha (foto à esquerda), do rei Henrique VIII da Inglaterra (foto do meio) e da rainha Elizabeth I (foto à direita) também da Inglaterra.
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