• Matéria: Português
  • Autor: Tailane2017
  • Perguntado 4 anos atrás

Preconceito na escola
Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola, e pouco ou quase nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio moral nascem de preconceitos!
Nesta semana tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender o cabelo dos filhos –fato ocorrido em nosso país–, e o da garota negra lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos –este, ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações, o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Isso pode acontecer –e tem acontecido muito– em casa, em pequenos grupos informais, na internet, com tutores etc. Para preparar para o vestibular? Essa razão é pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a formação de um cidadão de bem. Poucos, porém, têm dado valor a isso, mesmo com fortes motivos para valorizar essa justificativa, já que, se a vida social vai bem, a vida pessoal melhora. Por outro lado, quando a vida social não é saudável, a vida pessoal sofre e adoece.

Ensinar a reconhecer os principais preconceitos de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é função das mais importantes da escola. Mas, pelo que temos visto, ela ignora o senso crítico e, dessa maneira, não estimula o respeito às diferenças, tampouco incentiva a solidariedade entre os colegas, nem ensina a boa convivência.

A boa convivência exige empatia e generosidade, entre outras virtudes, já que conviver com a diferença é doloroso, e por isso há quem tente anular a diferença com manifestações de preconceito, por exemplo. A convivência também precisa, e muito, da tolerância à frustração, porque conviver significa, quase sempre, ter de ceder, já que o outro sempre nos mostra que cada um de nós é apenas um em meio a tantos outros...

Os pais podem –e deveriam– influenciar nos rumos da educação escolar. De nada adianta desejar apenas um bom futuro pessoal aos filhos e desconsiderar que eles viverão em sociedade e dependerão dela. Pais e mães, que tal vocês passarem a se preocupar com outras questões da escola que não apenas o conteúdo a ser ensinado, a colocação em rankings etc.?
Que tal apoiarem as escolas que revolucionaram seu ensino para valorizar o ensino da vida cidadã? Que tal repensarem a função social da escola?


ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha). Matéria publicada na Folha de São Paulo, 28 de Junho de 2016.


1.A autora faz uma declaração que servirá de base para sua argumentação. Qual? *

2. Segundo Rosely Sayão, por que parece existir uma relação direta entre assédio moral e preconceito? O que seria assédio moral? *

3. Dois fatos de repercussão noticiados na mídia motivaram a produção do artigo de opinião. Oque havia em comum entre eles? *

4. As pessoas não tiveram o mesmo posicionamento frente a esses acontecimentos. O que, em sua opinião, leva as pessoas a terem posicionamentos diferentes diante do mesmo fato? *

5. Releia os parágrafos 4 e 5. Qual deveria ser, segundo a autora, a “forte razão” dos pais para levar os filhos à escola? Por que os argumentos anteriores já deveriam ter sido superados? *

6. Em sua opinião, quais são as questões importantes a serem trabalhadas na escola de modo geral? *

7. Considere o último parágrafo do artigo de opinião e responda:

a) Em que jornal foi publicado esse artigo? *

b) Com quem a autora do artigo de opinião conversa discretamente? *

c) Por que a autora considerou importante conversar discretamente com esse interlocutor? *

Respostas

respondido por: lohannypaixao53
11

7.a) Folha de São Paulo

Explicação:

só sei essa desculpa


anaellenkerollen123: e a d)
respondido por: williamcanellas
0

A partir da leitura do artigo de opinião "Como Educar Meu Filho?" ROSELY SAYÃO podemos refletir sobre o preconceito na sociedade como um todo, bem como sobre o papel da escola na formação dos alunos.

Artigo de opinião

1- A autora do texto afirma que não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se expressem em ambiente escolar.

2- A autora defende a ideia de que a maior parte dos comportamentos de assédio moral nascem de preconceitos, por isso para Rosely Sayão, há uma relação direta entre assédio moral e preconceito.

O assédio moral é a exposição de pessoas a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada, no exercício de suas atividades. É uma conduta que traz danos à dignidade e à integridade do indivíduo, colocando a saúde em risco e prejudicando o ambiente de trabalho.

3 - Nos dois fatos relatados no texto havia situações que envolviam preconceito. Um ocorrido aqui no Brasil, onde a professora pediu que a mãe de um aluno prendesse o cabelo dele ou aparasse e outro na África do Sul, onde uma menina negra sentava sozinha numa mesa lanchando ao lado de outras mesas com vários alunos brancos.

4-  Diante de um mesmo fato pessoas podem assumir comportamentos distintos, devido a seu modo de pensar, sua cultura, dentre diversos outros fatores. Inclusive, por haverem pessoas mais preconceituosas que outras.

5- Para a autora um forte motivo para levar um filho para a escola seria para que ele aprendesse sobre cidadania. Ela afirma, ainda que argumentos como aprender conteúdos e passar no vestibular já não são tão fortes, pois hoje em dia aprende-se muito em outros ambientes como internet, com tutores a distância. A mesma diz, ainda, que ir a escola para ter futuro promissor também é um argumento fraco, pois nem, sempre ter muito estudo é sinônimo de sucesso.

6- A meu ver, o estudo das disciplinas é um fator importantíssimo para se levar um aluno para a escola. É importante que o aluno entenda que aprender sobre as disciplinas trará para ele benefícios em todos os aspectos de sua vida. A educação é algo que ninguém poderá tirar dessa pessoa, ela é fundamental para seu crescimento em diversos aspectos. Entretanto, não se pode deixar de lado aprendizagens, também fundamentais, para todo ser humano, tais quais, respeito ao próximo, tolerância, empatia, valorização de todas as culturas, saber viver com as diferenças, enfim, não aceitar nenhuma forma de preconceito. Tanto os conteúdos programáticos bem como os temas relativos a vivência em sociedade devem ser trabalhados em sala de aula.

7- a) O artigo de opinião "Como educar meu filho?" foi publicado na Folha de São Paulo.

   b) A autora conversa discretamente com os pais de alunos.

   c) A autora considerou importante conversar discretamente por se tratar de um assunto polêmico, que gera muitas opiniões divergentes. Podendo assim, ter maior êxito na reflexão sobre o tema do preconceito existente nas escolas, bem como em toda sociedade.

Veja mais  sobre Artigo de Opinião em: https://brainly.com.br/tarefa/32449553

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