Iluminismo foi um movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e
França, nos séculos XVII e XVIII. O conunto de ideias ocorrido na época tinha como
objetivo levar as luzes para as pessoas e para sociedade, isto é, levar a inteligência e a
racionalidade para o pensamento humano. Assim, o homem passaria a acreditar que
apenas o pensamento racional seria capz de promover o desenvolvimento das
sociedades. Os filósofos dessa época afirmavam que, pela razão, o ser humano poderia
conquistar a liberdade e a felicidade. Para tanto, deveria se libertar de toda superstição,
de preconceito, de medo. Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha
ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a idéias de liberdade política e econômica,
defendidas pela burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas idéias
julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de
iluministas.
O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, abriram espaço para a
profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa. Os principios do
pensamento iluminista eram: Valorização da razão, considerada o mais importante
instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento; crença nas leis naturais,
normas da natureza que regem todas as transformações que ocorrem no comportamento
humano, nas sociedades e na natureza. Eles atacavam o absolutismo, osprivilégios da
nobreza e o mercantilismo. Propunha uma nova sociedade, baseada na igualdade de
direitos dos cidadãos e na liberdade individual. Os “iluministas acreditavam que a principal
força transformadora era a razão”, a capacidade de o homem raciocinar. A luz da razão
deveria triunfar sobre as trevas da ignorância, do fanatismo religioso e das superstições.
Nesse contexto os filósofos iluministas defendiam a liberdade, a tolerância e a
igualdade dos indivíduos perante a lei. Esses princípios foram defendidos por uma série
de filósofos, tornando-se a base da Revolução Burguesa. Osfilósofos iluministas
defendiam: que todos cidadão tem direito de escolher seu próprio representante e a vida,
a liberdade e a propriedade privada são direitos naturais do homem; a teoria da
separação dos poderes e a independência desses poderes do Estado(Executivo,
Legislativo e Judiciário); um governo que respeitasse os direitos individuais, a liberdade
de expressão e religiosa; que a soberania do Estado reside no povo, isto é, a democracia
moderna; que a economia possuía leis próprias, que funcionaria sem intervenção do
Estado, pois era regida pela livre negociação.
Assim o século XVIII viveu uma série de ondas revolucionárias que
pretendiamderrubar o Antigo Regime, lutar pelos direitos de todos, libertarem os povos da
opressão e construir uma nova era.
Pergunta: Encontrem no texto as ideias dos seguintes filósofos: Adam Smith, Montesquieu, John
Locke, Rousseau e Voltaire.
Respostas
Resposta:
Adam smith afirmava que somente com o fim dos monopólios e da política mercantilista o Estado iria prosperar de fato.
Isso porque a riqueza das nações advinha do esforço individual (self-interest) que, por sua vez, é o que fomenta o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses.
Assim, o empreendimento privado deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. Isso fez com que seu pensamento influenciasse intensamente a burguesia, desejosa em acabar com os privilégios feudais e com o mercantilismo.
Montesquieu criticou de forma sistemática o autoritarismo político, bem como as tradições das instituições europeias, especialmente da monarquia inglesa.
John Locke afirmava que a mente era como uma "tabula rasa". Rejeitava qualquer concepção embasada no argumento das "ideias inatas", uma vez que todas as nossas ideias possuíam início e fim nos sentidos do corpo.
Rousseau era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra.
Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele, os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha acabado.
Voltaire defendia a ideia de uma monarquia centralizada, cujo monarca deveria ser culto e assessorado por filósofos.
Foi um crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos.