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Na adolescência, não temos o córtex órbito-frontal plenamente desenvolvido, assim como a capacidade de análise, julgamento e decisão totalmente consistente. Por isso, os pais podem e devem acompanhar de perto enquanto o próprio jovem começa a conhecer seus próprios limites, lembrando sempre que algumas decisões finais devem ser dos adultos, que são os responsáveis legais, especialmente às que dizem respeito à saúde, segurança e educação.
Além das novas conexões cerebrais e mudanças hormonais, também o corpo passa por transformações sem precedentes. A puberdade, que costuma começar para os meninos aos 13 anos e para as meninas a partir da menarca (primeira menstruação), que pode acontecer a partir dos 10 anos geralmente, traz consigo muitas novidades: pelos, odores, partes do corpo em crescimento, etc. É muita informação nova para o adolescente, que tenta entender tanto quem é como pessoa quanto compreender e aceitar esse novo corpo e imagem que estão sendo formados. O papel dos pais aqui é não negligenciar estas mudanças e também buscar se informar para ajudar os filhos com fatos e não com opiniões. Evite apelidos preconceituosos ou “brincadeiras” que exponham ou possam ofender.
A forte tendência à experimentação é uma das características da adolescência que mais causa espanto e preocupação para os pais. As novas conexões cerebrais levam ao desejo de experimentar novas situações e, com relação à sexualidade, as células espelho, agora em maior quantidade, levam à vontade de conhecer melhor outras pessoas, especialmente aquelas que são diferentes. Isso conduz os jovens à aproximação entre os sexos e ao apetite por experiências de intenso prazer. Explique, dê informações e não tenha medo de ser tachado de chato ou careta. Faz parte. Mas sem machismo, ok?