O fichamento-resumo, refere-se à um tipo de fichamento em que o estudante expõe às principais ideias do autor do texto, porém, com suas palavras. Pode-se fundamentar com o uso de citações. Lembrando que para a citação direta longa, tem que recuar 4cm o parágrafo, fonte 10 e espaçamento simples; e a citação direta curta, deve vir entre aspas no próprio corpo do texto. Em ambas, deve-se informar entre parêntese, o autor, ano e página. Exemplo: (BORDIGNON; PAIM, 2017, p. 58).
Assunto:
O processo de ensino e aprendizagem da língua escrita em um viés histórico dos métodos e processos de alfabetização e letramento no Brasil
Referência bibliográfica:
Resumo/descrição dos pontos principais do texto:
“ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL: UM POUCO DE HISTÓRIA”
a) Primeria fase - A metodização do ensino da leitura, perdurando de 1876 a 1890:
b) Segunda fase - A institucionalização do método analítico – 1890 a 1920:
c) Terceira fase - Alfabetização sob medida, delimitada entre 1920 e 1970:
Respostas
Resposta:
Explicação:
• 1º. momento – A “metodização do ensino da leitura” (1876 – 1890): esse momento é caracterizado pelos ideais defendidos por Antonio da Silva Jardim, então professor de Português da Escola Normal de São Paulo. Segundo esse positivista militante o ensino da leitura depende, invariavelmente, do método utilizado, sendo por ele defendido o concretizado na Cartilha Materna ou Arte da Leitura, escrita pelo poeta português João de Deus, por ser o mais científico para aquele momento histórico. O “método João de Deus” baseava-se na palavração e se opunha aos métodos até então utilizados para o ensino da leitura: soletração e silabação (métodos sintéticos).
Uma característica importante desse período é que até então não se refletia sobre os métodos utilizados no ensino da leitura, repetia-se o que os “tradicionais” (aqueles que utilizavam os métodos sintéticos) haviam feito sem questionamentos. Todavia, após esse momento histórico a questão do método tem lugar privilegiado nas discussões sobre o ensino da leitura;
• 2º. momento – A “institucionalização do método analítico” (1890 – 1920): nesse período o método considerado novo e revolucionário é o método analítico, que passa a ser defendido enfaticamente pelos normalistas formados pela Escola Normal de São Paulo, que passam a produzir cartilhas e artigos opondo-se ao “tradicional” método sintético (principalmente a silabação) para o ensino da leitura. As discussões nesse momento histórico versam também em relação aos “modernos” e “mais modernos” defensores do método analítico, ou seja, se discute o modo de processar esse método: utilizando-se a palavração, a silabação ou a “historieta”;
• 3º. momento – A “alfabetização sob medida” (meados dos anos de 1920 e final de 1970): nesse momento entram em cena nas discussões a respeito dos métodos para o ensino da leitura no Brasil novos métodos conhecidos como “mistos” ou “ecléticos” (analítico – sintético ou vice-versa), considerados mais rápidos e eficientes. Esse momento é caracterizado principalmente pela “relativização” da importância do método, decorrente da disseminação das ideias defendidas por Lourenço Filho. Esse educador escreve Testes ABC para verificação da maturidade necessária ao aprendizado da leitura e escrita (1934), em que defende primordialmente que a aprendizagem da leitura depende da maturidade das crianças, e que, portanto, seria necessário mensurar tal maturidade por meio dos testes por ele propostos. Nesse momento histórico as questões de ordem didática ficam subordinadas as de ordem psicológica.
• 4º. momento – Alfabetização: “construtivismo e desmetodização” (início dos anos 1980 – dias atuais...): existe nesse momento histórico no Brasil a disputa entre os partidários do construtivismo e os, às vezes, silenciosos defensores das cartilhas tradicionais, do tradicional diagnóstico do nível de maturidade com fins de classificação dos alfabetizandos e dos, ainda defensores dos métodos tradicionais (sobretudo o misto). Existem também os defensores do interacionismo linguístico, teoria baseada na psicologia soviética, preconizada por L. S. Vygotsky.
Resposta:
Explicação:
a) Primeira fase - A metodização do ensino da leitura, perdurando de 1876 a 1890:
Para o ensino da leitura, utilizavam-se métodos de marcha sintética da soletração partindo do nome das letras; fônico e da silabação partindo das sílabas. Período é que até então não se refletia sobre os métodos utilizados no ensino da leitura, repetia-se o que os tradicionais haviam feitos sem questionamentos, ensinavam-se frases isoladas ou agrupadas. Quanto à escrita se restringia à caligrafia e ortografia à cópia, ditados e formação de frases, enfatizando-se o desenho correto das letras.
b) Segunda fase - A institucionalização do método analítico – 1890 a 1920:
A organização republicana, foi alvo de grandes disputas entre os métodos de leitura e de escrita. Foi instaurada uma nova ordem econômico-social. surgiu uma proposta de modernização e progresso que é a universalização do acesso à escola. O método considerado novo e revolucionário é o método analítico, passa a ser defendido enfaticamente pelos normalistas que passam a produzir cartilhas e artigos opondo-se ao tradicional método sintético principalmente a silabação para o ensino da leitura. As discussões nesse momento histórico versam também em relação aos “modernos” e “mais modernos” defensores do método analítico, discute o modo de processar esse método: utilizando-se a palavração, a silabação ou a historieta.
c) Terceira fase - Alfabetização sob medida, delimitada entre 1920 e 1970:
Nesse momento entram em cena nas discussões a respeito dos métodos para o ensino da leitura no Brasil novos métodos conhecidos como “mistos” ou “ecléticos” (analítico – sintético ou vice-versa), considerados mais rápidos e eficientes. Esse momento é caracterizado principalmente pela relativização dá importância do método, decorrente da disseminação das ideias defendidas por Lourenço Filho. Esse educador escreve Testes ABC para verificação da maturidade necessária ao aprendizado da leitura e escrita (1934), em que defende primordialmente que a aprendizagem da leitura depende da maturidade das crianças, e que, seria necessário mensurar tal maturidade por meio dos testes por ele propostos. Nesse momento histórico as questões de ordem didática ficam subordinadas as de ordem psicológica.
d) Quarta fase - Desmetodização do ensino, a partir de 1980:
Incorporou-se o construtivismo a práticas pedagógicas de todo o Brasil. O letramento ganhou espaço como um novo conceito no campo da educação. Enquanto a alfabetização é o processo de aquisição do sistema de escrita alfabético da aprendizagem da leitura e da escrita. O letramento refere-se as capacidades e as habilidades do sujeito em utilizar essas aprendizagens nos diferentes contextos sociais das práticas de leitura e escrita. A partir dos estudos da psicologia e da linguística foi questionada a forma como a alfabetização estava sendo desenvolvida, chegaram ao Brasil as discussões sobre letramento e necessidade de alfabetizar e letrar os sujeitos inseridos em contextos cada vez mais letrados.