Respostas
Resposta:
A Natureza e a Necessidade das Revoluções Científicas, sobre o que são revoluções cientificas e sua função no desenvolvimento da ciência. Para Kuhn, as revoluções científicas ocorrem de maneira semelhante às revoluções políticas, em que um pequeno grupo se demonstra revolucionário ao constatar o não mias funcionamento dos atuais paradigmas vigentes (ou instituições). “Tanto no desenvolvimento político como no cientifico, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar à crise, é um pré-requisito para a revolução. ” (KUHN, 1998, p. 126). Kuhn cita a diferença de perspectiva entre o observador externo e o interno em relação às mudanças de paradigmas que ocorrem na ciência. Diferentemente dos observadores internos, que possuem maior constatação do “impacto” das mudanças, o primeiro vê tais mudanças como um processo natural de desenvolvimento.
Posteriormente, o autor tratará da polarização que ocorre durante o processo revolucionário em um contexto político, e após a superação das infraestruturas estabelecidas, em que há a discordância acerca da concepção da nova ordem institucional. “Quando ocorre essa polarização, os recursos de natureza política fracassam” (KUHN, 1998, p. 127). De maneira semelhante, ocorre a mudança de paradigma. “Tal como a escolha entre duas instituições politicas em competição, a escolha entre paradigmas em competição demonstra ser uma escolha entre modos incompatíveis de vida comunitária” (KUHN, 1998, p. 127).
Nessa perspectiva paradigmática, Kuhn reforça o caráter da difícil assimilação de “novidades”: “Na evolução da ciência, os novos conhecimentos substituíram a ignorância, em vez de substituir outros conhecimentos de tipo distinto e incompatível” (KUHN, 1998, p. 129). Portanto, abre-se uma discussão acerca da necessidade da perseguição de técnicas já consolidadas, e se, e de que forma, isso inibiria o desenvolvimento científico. Kuhn, ao desenvolver sobre o tema, demonstra a existência de três tipos de fenômenos em que se pode desenvolver uma teoria original: a) Os já explicados pelos paradigmas existentes; b) Aqueles cujos detalhes ainda necessitam uma maior articulação e; c) As anomalias constatadas de um paradigma existente, e sua consequente recusa. (KUHN, 1998). Desses três tipos, apenas o ultimo origina novas teorias.
O artigo desenvolve, a partir de inúmeras exemplificações do campo da Física, acerca do papel da ciência normal, mais especificamente, de que “sem o compromisso com um paradigma não poderia haver ciência normal” (KUHN, 1998, p. 135)
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