Leia o poema e responda a seguinte questão:
“Vida obscura”, de Cruz e Sousa
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.
Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa e trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto.
Que o coração te apunhalou no mundo.
Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!
Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em
Respostas
Resposta:
A alternativa correta é a letra (A)
2-c
3-b
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Sobre o poema “Vida obscura”, de Cruz e Sousa percebemos que o poeta transpõe para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada, através da extenuação condicionada à uma rotina de tarefas degradantes. Alternativa correta, letra C.
O poema Vida Obscura, transmite a sensação de alguém estar sofrendo por uma dor, assim como na primeira estrofe observamos o eu - lírico se abrir em um diálogo se caracterizando como um ser que pode ser percebido pelas colocações pronominais.
João da Cruz e Sousa, ou apenas Cruz e Sousa (1861- 1898), foi um poeta negro catarinense, muito conhecido sob o pseudonimo Cisne Negro.
Filho de escravos alforriados pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa, Cruz e Sousa foi acolhido pela família do Marechal, tendo sido criado como um filho. Este fato lhe possibilitou a erudição, já que foi educado na melhor escola secundária da região.
No movimento literário do Simbolismo no Brasil no século 19, defensor da emoção e da subjetividade humana na arte, Cruz e Sousa torna-se um importante poeta social.
Aprenda mais sobre o poeta Cruz e Sousa:
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Bons estudos!