No começo do século XIX, o governo do estado de Virginia, nos Estados Unidos, sugeriu aos líderes de diversos povos indígenas que enviassem alguns de seus jovens para estudar nas escolas dos brancos. Em sua carta-resposta, os chefes indígenas recusaram delicadamente a proposta. Eis algumas das razões alegadas por eles:
Nós estamos convencidos de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções de ver as coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. (...)
Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda vossa ciência. Mas quando eles voltaram para nós eram maus corredores, ignorantes da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo ou construir uma cabana, e falavam muito mal nossa língua. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, caçadores ou como conselheiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão concordamos que os nobres senhores de Virgínia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos deles homens. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 8-9.
- A partir da leitura do texto e do que foi apresentado neste bimestre, responda:
1) O que existe de diferente entre a cultura e a educação dos povos apresentados no texto? Comente.
2) A educação é praticada da mesma maneira nas sociedades? Comente.
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Me explica como que faz manda a resposta dessas perguntas para mim ai
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