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Crônica do amor próprio
Dedicado a cada defeito perfeito seu.
Existem dias em que me pego pensando sobre quantos defeitos tenho. Na mesma hora tenho vontade de me isolar do mundo, deitar quietinha debaixo das cobertas e só ficar ali, não fazendo nada. Mesmo com tantas qualidades, é difícil enxergá-las quando tudo o que vejo é meu próprio defeito. Uma coisa boba, aqui e ali, insignificante para os outros, porém devastador para mim.
Mas, nessas horas, me lembro de uma frase que diz: “Imagina o que aconteceria com a mídia se todas as mulheres decidissem que são lindas do jeito que são”. Resolvi tentar. Acordei, me olhei no espelho, e não vi defeitos. Eu vi minhas qualidades: responsabilidade, foco, caridade, inteligência, dedicação. Não preciso de uma lista interminável de qualidades, porque eu não sou essa pessoa! Aceitei meus defeitos e entendi que eles me tornaram quem eu sou. Me fizeram crescer e adquirir conhecimentos que antes eu não tinha, me tornaram madura, me mudaram, portanto, devo tudo a eles. Eu amo ser quem eu sou! Sim, mesmo com tantos defeitos, porque eles me tornam única.
Todo mundo tem defeitos, mas você é a única pessoa que pode decidir se eles são mais importantes do que suas qualidades. Amar a si próprio é um exercício diário. É acordar todos os dias, com a cara amassada do travesseiro e o cabelo parecendo uma juba de leão e pensar “Eu ainda continuo linda”. Faça isso sempre que olhar no espelho. É incrível como as coisas mudam quando se possui autoconfiança. Não existe nada capaz de te deixar insegura. A vida se torna mais leve, os problema menos difíceis, os desafios mais possíveis e você, mais feliz.
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