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Salto em altura é uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas procuram superar uma barra horizontal colocada a uma determinada altura. A modalidade também integra o programa do decatlo e do heptatlo. Junto com o salto com vara, é uma das duas modalidades de resultados verticais dos Jogos Olímpicos e é disputada ao ar livre e em pista coberta.
A prova integra o programa olímpico desde sua primeira edição em Atenas 1896 para os homens e desde Amsterdã 1928 para as mulheres. Entre Paris 1900 e Estocolmo 1912, uma modalidade paralela, o salto em altura sem corrida, também era disputada.[1] Os atuais campeões olímpicos são o cubano Javier Sotomayor e a espanhola Ruth Beitia. Os recordes mundiais, tanto masculino quanto feminino, tem mais de vinte anos e pertencem a baby mexico, de Cuba – 2,45 m – e a Stefka Kostadinova, da Bulgária – 2,09 m; ambos os recordes são os mais longevos na história da modalidade.
A Rússia tem dominado esta modalidade nas ultimas Olimpíadas, com três vitórias no feminino e duas no masculino.[2] Além dos atletas já citados, alguns dos maiores nomes da história desta modalidade são Valeriy Brumel, Dwight Stones, Mutaz Essa Barshim, Iolanda Balas, Ulrike Meyfarth, Rosemarie Ackermann, Sara Simeoni e Blanka Vlašić.
História
O primeiro evento de salto em altura foi registrado na Escócia, no século XIX, onde era um desporto popular. Ellery Clark, dos Estados Unidos, foi o primeiro campeão olímpico. [3] A canadense Ethel Catherwood foi a vencedora na introdução da prova em Amsterdã.[4]
Esta é uma modalidade que teve as mais radicais mudanças na técnica para ser realizada através dos anos. Os primeiros métodos usados, por décadas, eram chamados de Eastern Cut-off, Western Roll e Straddle; no primeiro, o saltador ultrapassava a barra com as pernas subindo como tesouras mas se mantinha reto na horizontal, nivelado na passagem dela; no segundo método o saltador corria para a barra na diagonal e a perna interna era usada para a descolagem, enquanto a perna exterior era empurrada para cima para levar o corpo lateralmente por cima da barra; o último era o mais usado até os anos 60, com os saltadores cruzando a barra com a face virada para ela e as pernas abrangendo-as.[5] Todos usavam as pernas como tesouras na passagem da barra.
Todas elas foram superadas em 1968, com a introdução do salto Fosbury, criado pelo norte-americano Dick Fosbury, que com ele venceu o salto em altura na Cidade do México 1968 e passou a ser copiado por todos, com os saltadores passando por cima da barra com um salto de costas para ela. O salto só passou a ser possível com o aparecimento dos colchões de espuma para apoio das quedas, na década de 1960.[2]

Ethel Catherwood salta em Amsterdã 1928 no estilo tesoura sentada.
Nos anos 50, saltadores criavam sapatilhas especiais para o salto, com algumas delas chegando ter 5 cm de sola, feita de material poroso que funcionava como um trampolim.[6] Yuri Stepanov, da União Soviética, chegou a estabelecer um recorde mundial de 2,16 m em 1957 usando estes sapatos, que então não eram contra as regras, mas a IAAF os proibiu nas competições a partir do ano seguinte.
Regras
Os atletas saltam sem auxílio e com a impulsão de pé de apoio em direção a uma barra horizontal de quatro metros de comprimento apoiada entre duas traves. O objetivo é saltar a maior altura sem derrubar a barra. Todos os competidores têm direito a três tentativas a cada altura colocada, mas têm o direito de 'passar' aquela determinada altura e avançar para outra maior sem ultrapassar a menor. Caso não consiga ultrapassar a altura ou combinação de alturas estipuladas em três tentativas, o atleta está eliminado.[2]
Se os competidores acabarem empatados numa determinada altura, vence aquele que levou menos tentativas para conseguir a última marca. Caso haja empate ainda, será o vencedor aquele que teve menos falhas durante a prova até a última marca válida. Se mesmo assim continuarem empatados, é feito um salto de desempate, primeiro na última altura não ultrapassada e a partir daí, em alturas subsequentes menores até que alguém ultrapasse;[2] este último método de desempate é muito raro de acontecer, mas ocorreu, por exemplo, na final do Campeonato Mundial de Atletismo de 2015, em Pequim, já que nesta modalidade não é possível haver duas medalhas de ouro.[7]
Recordes
De acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[8][9]