escreva um plano de ,projeto de vida ideal de acordo com o momento que estamos que está passando, para o seu futuro (ALGUÉM ME AJUDA?...)
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tempo de maneira diferente. Deixar de correr contra o relógio, de agir de forma automatizada para, passados dois meses de isolamento social e de quarentena impostos pela pandemia do novo coronavírus, uns mais outros menos, começar a planejar o futuro. É saudável que cada um faça planos. Quais são os seus? A vontade de que tudo volte, ao menos, próximo da realidade vivida até fevereiro de 2020 pode ser impulsionadora de desejos, projetos, mudanças, reviravoltas e criações que podem ou não vir a ser concretizados. Mas é essencial para a sanidade, para o bicho social homem, para a existência da espécie.
O que vai fazer quando a tão sonhada “liberdade” chegar? Seja por considerações filosóficas, psicanalistas ou literárias, certo é que o planejar, o sonhar, o desejar e o fazer encontram-se nos fundamentos da própria criação do homem. “Penso, logo existo”, nos presenteou o francês René Descartes ao nos inspirar a, se existimos, se ainda não somos chips de computador, criar, ter planos, imaginar e evoluir. Se vai executar neste momento não importa, pensar o que fazer já é um passo.
O que mais Fernanda Rocha Vidal, mestre em economia de transição, tem feito neste período são planos. Ela está com 25 semanas de gravidez e à espera de Benjamin, com previsão para o fim de agosto. Planejar, sonhar, buscar objetivos e traçar metas são todas as possibilidades que mãe e filho vão ter pela frente: “Impossível não fazer planos. Penso muito que o Benjamin chega para ajudar a construir. Espero que a geração dele ofereça algo melhor e esperança, que saia revendo aquilo que nos permita cuidar do outro e do planeta. Espero que não passe pelas desigualdades que vivemos hoje e nem tenha de lidar com reações autoritárias e concentração de renda. O desejo é que esta crise possa se traduzida em um mundo mais justo. Ainda que não tenha garantia de nada”.
Fernanda ressalta este tempo de pausa como abertura para refletir sobre escolhas pessoais e comunitárias e para (re)imaginar um futuro possível: “Tive chamados. Viver o presente, o que importa, o que é essencial, fortalecer as conexões e estar mais próxima da família e dos amigos. Estou aprendendo a cozinhar, quero ser mais independente, ter mais habilidades essenciais – o faça você mesma –, ter mais laços comunitários fortes. Este tempo também tem servido para nos dar conta de como valorizamos pouco, por exemplo, os trabalhadores que estão na linha de frente da pandemia, dos enfermeiros aos lixeiros. Espero que alguns hábitos de hoje, desnecessários, sejam descartados