O primeiro carnaval institucionalizado do Estado Novo teve como vencedora a Estácio de Sá (Escola de Samba) que, cumprindo as regras estabelecidas pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), trouxe para as ruas um enredo de fundo histórico e nacional, repleto de referências aos heróis da monarquia brasileira. Entendido como mais uma exigência a ser cumprida para vencer a competição anual – como harmonia, adereços, bateria, etc. – aparecia o novo quesito do conhecimento histórico."
CUNHA, Maria Clementina Pereira. Folcloristas e historiadores no Brasil: pontos para um debate. In: Projeto História, São Paulo (16), fev. 1998, p. 176.
1. O trecho acima revela a influência do Estado Novo em uma das mais notáveis manifestações culturais brasileiras, o carnaval. Sobre a política cultural do Estado Novo, por que interessava ao governo do Estado Novo inserir o conhecimento histórico como um dos quesitos de julgamento das escolas de samba? *
1 ponto
a) Mostrar que a História do Brasil caminhou no sentido de mostrar que Getúlio Vargas estava destinado a governar o Brasil e, por isso, a população deveria segui-lo e obedecê-lo.
b) O samba e o carnaval, como elementos de consumo nacional, passaram a ter seus temas controlados pelo Estado, com o intuito de forjar uma identidade brasileira ou nacional sob controle do governo.
c) Getúlio Vargas tentou impor a cultura do samba e carnaval em nossa história. Tradicionalmente, os brasileiros não gostavam nem de samba e nem de carnaval, sendo muito mais ligados ao tango como ritmo musical.
d) O DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) fez grande defesa da influência da cultura europeia no Brasil. A cultura europeia era vista como superior e seria sinal de nosso crescimento e evolução.
Vamos retroceder no tempo: “A década de 30 (1931-1940) [...] foi a década do rádio [...]. Possuir um rádio era estar em contato com o mundo. O próprio governo de Getúlio Vargas criou, com objetivos políticos, o programa A Hora do Brasil [...].”
SIEBERT, Célia. História do estado do Rio de Janeiro. São Paulo: FTD, 2005. p. 18-19.
Através do rádio, Getúlio Vargas pretendia aproximar-se cada vez mais das massas populares. Com o rádio, era possível estar perto do povo, sem mesmo ter contato físico com ele. Ciente disso, em 1939, Vargas criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).
2. Levando em consideração seus conhecimentos sobre o período, qual o papel do DIP na consolidação do Estado Novo (1937-45)? *
1 ponto
a) A principal função do DIP era estabelecer o controle da produção econômica, valorizando a indústria nacional. Desta maneira, o DIP retirou recursos do investimento na agricultura para investir em infraestrutura.
b) O DIP era responsável por engrandecer os atos do governo, buscando sempre exaltar a figura do presidente. O DIP controlava os meios de comunicação, além de realizar censura e promover eventos culturais que valorizassem a figura de Vargas.
c) O DIP não teve bons resultados em sua função de incentivar a cultura nacional e de valorizar a figura do presidente Getúlio Vargas; por isso, logo teve suas atividades encerradas.
d) O papel do DIP girou em torno de criar uma imagem negativa do Brasil e do presidente Vargas no exterior, para que não houvesse investimentos estrangeiros no Brasil, garantindo a política nacionalista.
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Confia no senpai aq
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