Reescreva o fragmento da entrevista que Antônio Gil realizou com o sr.Amalfi para um registro escrito.
Respostas
Resposta:Gil: Sr. Amalfi, sua filha me disse que o senhor é um assíduo frequentador de cinema, não é? Ela me disse que o senhor vai ao shopping toda semana ver o filme que está em cartaz. Pois bem... A gente podia fazer esta entrevista como se fosse um filme. O que o senhor acha? O senhor vai se lembrando e vai me contando... Pode ser assim? Do que o senhor se lembra da sua infância? O senhor pode me falar das suas primeiras lembranças? É só entrar no filme da sua vida, não é?
Sr. Amalfi: Silêncio. (O sr. Amalfi ficou por alguns brevíssimos instantes revivendo com os olhos, olhando para cima, para o mundo das emoções da memória revisitada. Como se eu não estivesse lá. Vi que o pequeno azul dos seus olhos marejaram instantaneamente. Mas dei corda para a entrevista se inaugurar.)
Gil: Fale um pouco de seus pais ou de seus avós.
Sr. Amalfi: Ah... Meu Deus! Me dá uma emoção muito forte lembrar esses tempos... Faz tanto tempo! É que eu tenho muita saudade desse tempo que já foi... Sou muito chorão, sabe? Quando eu me lembro do meu pai e da minha mãe eu choro sempre... Deixa ver... Você não vai tomar o seu café? Vai esfriar... Bom, vamos lá! Daquele tempo eu me lembro... Bom, meu pai era italiano e a minha mãe também. Ele era marinheiro. Era ngelo. ngelo Amalfi. Você sabe que no ano retrasado eu fui até esse lugar lá na Itália e pude conhecer a terra dos meus pais... Foi o melhor passeio que eu fiz até hoje... Lembro bem porque a minha mãe me contava... Eles vieram casados para São Paulo em 1918. E já ficaram em Santana [bairro da Região Norte da cidade de São Paulo]. Naquele tempo ela disse que nem existia a Voluntários da Pátria [rua famosa desse bairro], veja você. Meu pai foi trabalhar na Sorocabana [Estrada de Ferro Sorocabana – companhia ferroviária criada em 1870]. E aí...