• Matéria: História
  • Autor: rebecaborges1234
  • Perguntado 4 anos atrás

quem foram os participantes da revolução federalista?​

Respostas

respondido por: a6639
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Resposta:

:A Revolução Federalista foi uma guerra civil que ocorreu onde hoje é a Região Sul do Brasil, entre 1893 e 1895, logo após a Proclamação da República. O conflito originou-se da crise política gerada pelos federalistas, grupo opositor que pretendia libertar o Rio Grande do Sul da governança de Júlio de Castilhos, então presidente do estado, conquistar maior autonomia e descentralizar o poder da então recém proclamada República.[3]

Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear a luta armada, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, vencida pelos seguidores de Júlio de Castilhos.[4]

O conflito atingiu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os três estados da região, que na época contava também com São Paulo, não atingido, o que serviria para agrupar todos os elementos anti-florianistas a fim de preparar o avanço até o Rio de Janeiro, a capital federal da época.[5][6][7]

Índice

1 Contexto

1.1 A constituição estadual de 1891 e um panorama de Júlio de Castilhos

1.2 Um panorama de Gaspar da Silveira Martins

1.3 Pica-paus e maragatos

2 O conflito

2.1 Início

2.2 Principais combates

2.3 Os maragatos vão ao norte

2.4 Argentina e Uruguai

2.5 A paz

3 Balanço: a revolução das degolas

4 Ver também

5 Referências

6 Bibliografia

7 Ligações externas

Contexto

Pinheiro Machado, idealista da República

Durante o século XIX, o Rio Grande do Sul esteve em permanente estado de guerra. Na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra do Paraguai (1864-1870), a população gaúcha foi devastada. Nos últimos anos do Império, surgiram na região três lideranças políticas antagônicas: o liberal Assis Brasil, o conservador Pinheiro Machado e o positivista Júlio Prates de Castilho. Eles se reuniram para fundar o Partido Republicano Rio-Grandense, que fazia oposição ao Partido Federalista do Rio Grande do Sul, fundado e liderado pelo liberal monarquista Gaspar Silveira Martins. Em 1889, com a Proclamação da República do Brasil, essas correntes entraram em conflito, de forma que em apenas dois anos o estado teria dezoito governadores.[8]

A constituição estadual de 1891 e um panorama de Júlio de Castilhos

Júlio de Castilhos, fundador e líder do Partido Republicano Rio-Grandense

Júlio de Castilhos nasceu e cresceu em uma estância gaúcha. Cursou Direito em São Paulo, onde teve contato com as ideias positivistas de Auguste Comte. Depois de formado, retornou à sua terra e passou a escrever no jornal A Federação, atacando o império, a escravidão e também seu adversário político, Gaspar Silveira Martins. Foi deputado constituinte em 1890-1891, acreditava em uma fase ditatorial para consolidar a república e defendeu uma forte centralização de poder no ditador republicano. Derrotado na constituinte nacional, implantou essa ideia na constituição estadual, meses mais tarde, em um texto que redigiu praticamente sozinho, ignorando sugestões da comissão de juristas destacada para a tarefa, aprovando-o em julho de 1891, numa assembleia estadual controlada pelo Partido Republicano Rio-Grandense, liderado por ele e de orientação positivista.[4] A constituição estadual previa que as leis não seriam elaboradas pelo parlamento, mas pelo chefe do executivo, que poderia ser reeleito para novos mandatos. Como o voto não era secreto, as eleições seriam facilmente manipuladas pelos adeptos de Castilhos, o que lhe garantiria permanecer no poder indefinidamente.

No mesmo mês em que aprovou sua constituição, foi eleito governador. Em novembro, por ter apoiado o golpe de Deodoro e o fechamento do Congresso, foi deposto e substituído por uma junta de governo, que durou pouco e logo passou o governo ao general Barreto Leite. Castilhos retomou um governo paralelo e foi reeleito em um pleito sem concorrentes, tomando posse em janeiro de 1893. O estado era neste momento o ponto mais importante da República e a resposta dos adversários, iminente.[8][9]

Um panorama de Gaspar da Silveira Martins

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