Respostas
Resposta:
A macieira é uma frutífera típica de clima temperado, da família Rosaceae, com pequena exigência de frio, apresentando-se apta para produzir satisfatoriamente em condições de inverno brando.
A árvore chega a 10 metros de altura. Possui tronco de casca parda, lisa e copa arredondada. As flores são aromáticas, brancas ou róseas.
Cultivo
No Brasil, a produção de maçã se concentra em duas cultivares, Gala e Fuji, que representam em torno de 90% da área plantada. Outras cultivares plantadas são a Eva, Golden Delicious, Brasil, Anna, Condessa, Catarina, Granny Smith.
As cultivares Eva, Anna e Condessa possuem baixa exigência de frio, o que as torna recomendáveis para plantio em regiões mais quentes e com produção entre dezembro e a primeira quinzena de janeiro.
A ‘Gala’ vem sendo gradativamente substituída por clones de coloração mais vermelha dos frutos, como a Royal Gala, Imperial Gala e Galaxy. Seus frutos são colhidos nos meses de janeiro e fevereiro.
A Fuji e seus clones Fuji Suprema e Kiku, que também tem frutos mais avermelhados, produzem no mês de abril e maio, sendo uma fruta de sabor doce e muito suculenta. A Fuji apresenta, ainda, a vantagem de ser mais resistente ao armazenamento que a Gala.
Os programas de melhoramento genético vêm criando cultivares com menor exigência em frio e resistentes a doenças, destacando-se a Imperatriz, Daiane, Baronesa, Catarina e Joaquina, as últimas duas resistentes a sarna, importante doença fúngica que ataca folhas e frutos das macieiras.
Para início do pomar é imprescindível o plantio de mudas enxertadas e sadias, em porta-enxertos clonais ou de sementes da própria macieira. Por se tratar de cultura perene e de polinização cruzada, deve-se consorciar no plantio variedades interpolinizantes.
A produtividade média da maçã no Brasil varia de 15 a 30 t/ha de frutos em pomares adultos e conduzidos dentro das modernas técnicas. Essa variação ocorre em função do espaçamento, cultivar e manejo.
A maçã tem como principal destino o consumo fresco. Diversos tipos de processamento da fruta são possíveis, produzindo produtos como doces, geleias, compotas, sucos, bebidas e vinagre.
O produtor deve estar atento sobre a capacidade de armazenamento dos frutos na região onde pretende produzir. No Brasil, a capacidade de armazenamento de maçãs é de 511.525 t, cerca de 60% da produção nacional, com boa parte dessa capacidade instalada em Santa Catarina.
Sem o armazenamento, o produtor é obrigado a vender sua produção em um período muito curto de tempo, ficando sujeito à pressão baixista de preços.
O mercado consumidor é altamente exigente tanto para o preço quanto para a qualidade das frutas, o que demanda um beneficiamento capaz de selecionar criteriosamente as frutas com potencial de mercado in natura, com bases em infestações de doenças e em defeitos físicos, o que tem levado nos últimos anos a um descarte em torno de 30% da produção nacional.
Esse descarte é normalmente direcionado à industrialização. Esse percentual de industrialização no país tende a aumentar, devido à demanda crescente no mercado interno pelo suco pronto para consumo.
Na indústria processadora de maçã, o suco é considerado um dos principais produtos. Do resultado de sua extração surge o bagaço, chamado de descarte sólido, que é uma mistura principalmente de casca, polpa e semente.
O rendimento médio nas indústrias que utilizam a prensagem na extração de suco é de 65% de suco e 35% de bagaço. Novas tecnologias permitem uma relação de 84% de suco e 16% de bagaço.
No Brasil, o bagaço tem como principal destino o solo, como adubo orgânico, ou a utilização como ração animal. Uma série de estudos avalia seu aproveitamento na fabricação de álcool, bebida alcoólica, fibras para enriquecimento de alimentos e outros produtos.
O vinho de maçã, além do consumo direto, constitui a base para a sidra, bebida frisante, e para a produção de destilados envelhecidos como os calvados ou para a produção de blends como o pommeau