Os jogos de linguagem mostram que:
(A) A linguagem não é estanque ou fixa, mas está intimamente influenciada pela vida social e cultural.
(B) A linguagem precisa ser fixa e imutável, pois se não fosse assim, seria impossível que as pessoas pudessem se entender.
(C) A essência da linguagem é absolutamente imutável, como as regras de todos os jogos.
Respostas
Resposta: Letra A
Explicação: respondi no cmsp
Os jogos de linguagem mostram que a linguagem não é estanque ou fixa. Logo, a alternativa A é a correta.
Wittgenstein foi um pensador do início do século XX que dedicou sua vida aos problemas da linguagem e da lógica. O Tratactus, que saiu em 1921, marca o "primeiro" Wittgenstein. Nele, há seis proposições fundamentais:
- o mundo é tudo o que acontece
- o que acontece, o fato, é a existência dos fatos atômicos.
- a representação lógica dos fatos é o pensamento
- o pensamento é a proposição exata
- a proposição é uma função de verdade das proposições elementares
- aquilo de que não se pode falar, deve-se calar.
Em suma, a filosofia se transforma de doutrina em atividade clarificadora das afirmações das ciências empíricas, das tautologias lógicas e das assertivas matemáticas, além de atividade dissolutiva das pseudo-assertivas da metafísica: HÁ UMA MUDANÇA DE PARADIGMA.
A filosofia deixa de ter objeto e passa a ser uma mera atividade descritiva.
Já o "segundo" Wittgenstein é o que publica "Investigações Lógicas" e passa a analisar os chamados por ele de Jogos da Linguagem.
Os “jogos linguisticos” são inumeráveis. E essa multiplicidade não é algo fixo ou algo dado uma vez por todas: novos tipos de linguagem, novos jogos surgem continuamente, enquanto outros envelhecem e são esquecidos.
A expressão “jogo linguistico” está destinada a evidenciar o fato de que o falar uma linguagem faz parte de uma atividade ou de uma forma de vida. Assim, o modelo reducionista do atomismo lógico é assim rejeitado.
O que Wittgenstein queria mostrar eram as várias possibilidades do uso da linguagem, do conceito, acreditando acabar, assim, com a câimbra mental. Em suma, a filosofia é a terapia das doenças da linguagem. É indicar à mosca, na metáfora utilizada pelo autor, o caminho de saída de dentro da garrafa. O filósofo, assim, trata uma questão como doença, perguntando se tal palavra é efetivamente usada assim na linguagem, na qual tem a sua pátria.
- Não buscamos o significado; buscamos o uso.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/26500414
