Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entre tendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
1- Releia novamente os dois últimos versos do poema e responda:
a) A palavra tecido, repetida nesses dois versos, pertence a duas classes gramaticais diferentes. Quais são elas?
b) A repetição da palavra tecido foi intencional? Que efeito essa repetição busca provocar no leitor?
Respostas
respondido por:
54
Resposta:
A) a palavra tecido e empregada como verbo (tecer-construir , criar) e como substantivo (pano)
B) a repetição e proposital dando ênfase a manhã como esperança "tecido tão aéreo , que tecido (construído , vivido junto ) se constrói por si em algo mais belo
o dia se faz com o que vivemos juntos
(pq o galo sozinho não faz manhã - apenas o todo)
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