Respostas
Resposta:
Explicação:
Através da soma de três explicações surgiu uma principal teoria, elas são:
No primeiro estudo, liderado pelo investigador David Reich, analisou o material genético de 300 pessoas, provenientes de 142 populações que não são habitualmente estudadas relativamente à evolução humana. De acordo com os resultados deste estudo, terá havido apenas uma grande migração, há cerca de 200 mil anos. Nessa altura, os homens modernos de África deixaram o continente e espalharam-se por todas as partes do globo.
Outro dos estudos, orientado por Eske Willerslev, foi noutro sentido. A análise do ADN de 83 aborígenes australianos e de 25 nativos da Papua Nova Guiné permitiu concluir que a os aborígenes têm características genéticas bastante diferentes dos atuais australianos (a Austrália foi colonizada no séc. XVIII pelos britânicos).
No entanto, as conclusões do estudo apontam também para a existência de apenas uma grande migração. “A grande maioria dos seus ancestrais, se não a totalidade, provém da mesma onda de migração a partir de África que os europeus e os asiáticos”, disse Willerslev, citado pelo The New York Times.
Simultaneamente, o investigador Mait Metspalu levou a cabo outro estudo, em que analisou material genético de 483 pessoas, sobretudo europeus e asiáticos, mas também alguns africanos e australianos. Este estudo chegou a uma conclusão ligeiramente diferente. Se de facto 98% do ADN de todas as pessoas analisadas podem ser relacionados com uma única migração, há 2% do material genético que parece ter ligações a um êxodo bastante anterior. Mais: todas as pessoas na Papua Nova Guiné têm, nos seus genes, ligações a uma migração anterior — de há 140 mil anos.
A grande conclusão que pode ser retirada da análise destes três estudos é que uma grande migração, acontecida entre há 80 mil e 50 mil anos, levou à povoação humana de todo o mundo, apesar da existência de uma outra migração anterior, menor e menos significativa, que levou humanos à Papua Nova Guiné. A confirmar-se esta primeira migração, sublinham os cientistas, estes serão os primeiros homens de sempre a sair de África. A única certeza é que os humanos que fizeram parte dessa migração acabaram por ser extintos. “Talvez não fossem tecnologicamente avançados, e vivessem em pequenos grupos. Talvez tenha sido fácil para uma onda maior de migração, posterior, ter acabado com eles”, sublinha ao jornal americano o investigador Luca Pagani.