• Matéria: Pedagogia
  • Autor: andrewalmeida16
  • Perguntado 4 anos atrás

Me ajudem por favor!!!!!!
O símbolo é a uma das formas que os seres humanos têm de falar de realidades visíveis e invisíveis. A
civilização humana existe em razão desse comportamento simbólico, característico dos seres humanos.
EXPLIQUE o papel e a importância dos símbolos na relação com o Transcendente.

Respostas

respondido por: lurdinha0775
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Resposta:

São inúmeros os estudos, antigos e recentes, sobre a importância dos símbolos na vida e na cultura dos povos. De alguma forma eles são uma linguagem cifrada das aspirações e dos ideais humanos. Por isso mesmo existem desde tempos imemoráveis e continuarão existindo. São tão importantes para a vida e a cultura dos povos que hoje a semiótica ( semeion=sinal) – ciência que estuda os significados da linguagem e dos símbolos é muitíssimo conceituada.

Existem símbolos com significados profundos dentro de um determinado contexto histórico e cultural. Quando abraçados com ardor, manifestam e alimentam o respeito e o despertar de energias inesperadas. É o caso da bandeira ou do hino nacional de um país. Por isso mesmo até as crianças, quando participam de uma cerimônia cívica, ao hastear da bandeira e ao canto do hino nacional levam inconscientemente a mão ao peito. Ter sobre seu caixão a bandeira é uma das maiores honras que podem ser concedidas a quem deu a vida pela pátria.

 

Outros símbolos apontam para um nível ainda mais profundo, tentando traduzir convicções e valores que se apresentam como indissociáveis para a sobrevivência de uma instituição ou cultura; expressam a identidade profunda. Assim, para todos os povos, túmulos e cemitérios foram e são lugares onde se “respira um clima” de sacralidade e se mergulha nos mistérios da vida após a morte. Violar um túmulo é algo inadmissível em qualquer civilização.

Particularmente profundos são os símbolos religiosos, por mais simples que possam parecer. E esses símbolos apresentam variáveis, mas sempre ultrapassam o nível do que se visualiza e apontam para uma dimensão transcendente.

No caso daquelas inúmeras nações e das incontáveis regiões que foram evangelizadas pelo cristianismo, um dos símbolos mais expressivos é o do Cristo crucificado. Por isso, mesmo onde a modernidade e o materialismo se impuseram com furor, ninguém ousa tocá-lo. É o que se percebe, por exemplo, em muitos dos países da Europa Central. Passam os regimes, passam as ideologias e as cruzes lá continuam, atravessando o tempo.

Porém, o exemplo mais surpreendente de respeito aos símbolos religiosos verificou-se na antiga União Soviética. A começar pelo coração do materialismo ateu, o Kremlin. Todo rodeado por imponentes muralhas, sobre as quais tremulavam bandeiras, naturalmente vermelhas, e revestidas da foice e do martelo, mesmo no auge do fervor marxista, ninguém ousou tocar nas três lindas igrejas situadas no coração do Kremlin: a do Arcanjo Miguel, a da Dormição e a da Anunciação. Também no mesmo local ainda se conservam torres e salões batizados com nomes de santos: Torre São Salvador, Torre de São Nicolau, de São Constantino e Torre Santa Helena. E para não esquecer, preservou-se ainda um salão dedicado a São Vladimir. Aliás, não dá para esquecer a imponente Catedral de São Basílio, no Centro da Praça Vermelha.

Existem ainda muitas outras igrejas, que com seu estilo bizantino dão um toque todo especial a Moscou e a toda a Rússia. E aqui aparece a maior surpresa: mesmo se empenhando durante 70 anos para arrancar do coração do povo as convicções religiosas, consideradas como alienantes; mesmo prometendo um “paraíso terrestre” no lugar do “paraíso celeste”, os fervorosos marxistas acabaram se esquecendo de um detalhe: derrubar as igrejas e monumentos religiosos, deixando-os intactos, inclusive com as cruzes que continuam imponentes no alto de todas as inúmeras torres.

Ao lerem essas considerações, com certeza alguns irão se perguntar pela sua razão de ser. Existem ao menos duas. Primeira: aqui e ali há quem comece a exigir a retirada de símbolos religiosos de locais públicos. O símbolo mais visado é naturalmente o do Cristo crucificado. É que Jesus, cometeu um erro imperdoável: em vez de prometer um paraíso terrestre, prometeu apenas um paraíso celeste. Segunda resposta: se formos levar a sério certas propostas, devidamente avalizadas por altas autoridades, teremos que proceder como os americanos em Bagdá, derrubando tudo o que se contrapõe aos seus interesses. E sempre existem figuras que incomodam alguém.

Explicação:

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