Sobre a cultura na Idade Média, é correto afirmar
A) Era popular e realizada em escolas existentes nas cidades feudais.
B) Estava restrita aos mosteiros e abadias; a igreja era quem detinha o conhecimento, e mesmo os nobres (com algumas exceções) não sabiam ler e escrever.
C) Era organizada pela igreja, que só ensinava a elite.
D) Passou a ser direito de todos no final da Idade Média, quando a igreja se enfraqueceu.
Respostas
Resposta:
A-O processo de educação na Idade Média era de total responsabilidade da Igreja. As escolas funcionavam anexas às catedrais ou às escolas monásticas, muitas funcionavam nos mosteiros. A Igreja foi um instrumento essencial no processo da educação na Idade Média, a grande disseminadora do conhecimento.
b-Os mosteiros foram grandes centros civilizacionais na Idade Média. Sua influência e poder extrapolaram os aspectos puramente religiosos e espirituais. No seu interior, o monge dedicava-se basicamente à oração e ao trabalho (ora et labora), mas também havia espaço para o estudo e a leitura. Na Europa Medieval, o estudo era um privilégio de poucos, um luxo do clero e da nobreza. As escolas existiam basicamente em instituições eclesiais, paróquias, catedrais e mosteiros. No entanto, foi nos mosteiros que a escola teve mais efetividade e organização. Quase todos possuíam escolas que preparavam seus noviços para a vida monástica. A leitura e a escrita permitiam o acesso à bíblia e a integração do monge no complexo arranjo litúrgico da vida monástica. O fim último da educação não era o conhecimento em si, mas a salvação. Este artigo analisa a dinâmica social, a didática e a pedagógica no interior de uma escola monástica.
C-cursos oferecidos eram em latim e com isso exigia-se do estudante muito empenho e dedicação. O estudo das sete artes liberais era dividido em dois ciclos: o trivium e o quadrivium. O primeiro compreendia a gramática, a retórica e a lógica; o segundo compunha-se do estudo da aritmética, geografia, astronomia e música. Conforme o grau de afinidade, distribuíam-se então os estudantes pelos cursos de Direito, Medicina e Teologia. Os estudantes viviam em um ritmo frenético e as calorosas discussões com a população eram rotineiras. De uma forma geral os estudantes eram de origem humilde e muitos viviam internos em colégios ou internatos que contavam com rígidas formas disciplinadoras estudantis. Com o tempo esses colégios passaram a constituir campos de estudos autônomos, sendo que alguns deles ainda existem, e são renomados mundialmente, como os de Oxford, Cambridge e o de Sorbonne, fundado em 1257 por Rogério de Sorbon, na França.
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