• Matéria: Filosofia
  • Autor: azbhbsdag
  • Perguntado 4 anos atrás

RESOPONDA LOGO SE VC CONSEGUIR VC VAI GANHAR 26 PONTOS RESPONDA LOGO VAI: O ESPANTO UMA CARACTERÍSTICA DA CRIANÇA E DOS FILÓSOFOS

Em geral na fase adulta desenvolvemos um escudo protetor contra o mundo, e a realidade como algo ruim não gera mais espanto e estranhamento algum. Não queremos passar vergonha com perguntas do tipo: qual o sentido da vida? Não tem jeito, estamos sempre ocupados com as “prioridades” da vida, inclusive, dificilmente questionamos sobre essas mesmas prioridades. Preocupados que estamos em levar comida na mesa, com os afazeres domésticos, com o dia a dia, tudo fica mais difícil de entender. Mas nada causa espanto, enfim, vamos nos adaptando às condições e deveres. Ocupados com os negócios, muitas vezes, deixamos passar as curiosidades típicas das crianças. Parafraseando o filósofo Platão, parece que estamos mesmo, acorrentados nas sombras da caverna do cotidiano e do trabalho repetitivo. Dificilmente nos interessamos por revelar crenças, reconhecendo outras tantas questões como fundamentais para vida. Por isso, não é difícil ver um adulto dizer: para quê filosofia? Não por acaso, por outro lado, muitos filósofos encontraram na figura da criança uma metáfora da arte/criação e na infância o exemplo de espontaneidade, espanto e curiosidade como elementos que constituem o filosofar. Uma característica forte da infância que a fase adulta tende a renunciar é a pergunta, o questionamento, mas isso ocorre com muitas crianças também. Infelizmente muitas crianças apenas obedecem e deixam de aprender por si mesmas. Mas sozinho mesmo, ninguém aprende.




Texto 1 -


1 – Explique conforme o primeiro texto, porque não é difícil ver um adulto dizer: para quê filosofia?



2 – Os filósofos encontraram na figura da criança e na infância algumas características do filosofar? Quais são elas?









O SÍMBOLO DA CRIANÇA VALORIZADO POR INÚMEROS PENSADORES


Heidegger lembra de uma história sobre o filósofo pré-socrático Heráclito, na verdade são duas histórias, que parecem decifrar bem o sinal de Espanto que indica o pensamento pensante ou a falta dele. Na primeira “estória” alguns estranhos visitantes ficam espantados com o filósofo Heráclito, com as suas palavras diante de um forno em casa em frente ao fogo: “Mesmo aqui, os deuses também estão presentes” diz Heráclito. Explicando melhor: Em casa, em um lugar comum, os deuses também estão presentes? Sim, ele quer reconhecer o cotidiano como fonte de Espanto, e o Espanto como fonte do saber. O que está diante de todos. As coisas mais “banais” para alguns, podem merecer uma atenção especial no olhar do filósofo (em comparação ao olhar da criança). Na segunda “estória”: “Ele se dirigiu ao santuário de Artemis para lá jogar dados com as crianças; dirigindo-se aos efésios (seus conterrâneos) que estavam em pé ao seu redor, ele disse: “Seus infames. O que estão olhando aqui tão espantados? Não é melhor fazer o que estou fazendo agora do que cuidar do “ritual” junto com vocês?”. Explicando melhor: Assim para o olho do adulto, para o olho meramente curioso das pessoas o que poderíamos esperar. “Esse olho vê apenas o que lhe aparece de imediato– o evidente para o olho [o filósofo brincando com as crianças em um local sagrado] aquilo que ultrapassar o olhar tem o valor de mera fantasia e invenção”. Não consideram que o filósofo Heráclito ao brincar com as crianças encontra um princípio da sua filosofia: o jogo. Não é assim? As crianças para a maioria dos adultos apenas inventam e fantasiam as coisas, e vivem de sonhos e compensações. Como dizem, estão fora da realidade. O preconceito com o filósofo também aumenta em diversas direções, se o filósofo diz que está pensando e vive perguntando sobre as coisas é porque não tem o que fazer. Para a maioria dos adultos o filósofo diante do forno: “está indo “longe demais” ao pretender encontrar aqui um sinal do fogo e um aceno do ardor e da luz”. Que isso signifique alguma coisa, para o adulto: não significa nada.

Porém, para Heráclito temos como princípio não somente o fogo (o devir), mas o jogo e a criança como imagens fundantes da sua filosofia. E quanta especulação e filosofias são acrescentadas aos princípios da sua filosofia: do fogo, do jogo e da criança. Vamos aprender mais sobre isso. Mas imagine hoje o espanto dos presentes ao ver um homem no chão da Igreja sentado brincando com as crianças: jogando os dados!?




Texto 2 -


3 – Sem o espanto perdemos a curiosidade e a possibilidade do saber? Explique




4 – Quais os princípios da filosofia de Heráclito, conforme o texto?

Respostas

respondido por: ouboi
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Resposta:

1 – Explique conforme o primeiro texto, porque não é difícil ver um adulto

dizer: para quê filosofia?

R: O texto procura estabelecer uma comparação entre o adulto e o espírito curioso  das crianças. Reconhecendo a criança e a admiração pelo mundo, que a fase adulta  às vezes pode perder por suas ocupações e deveres: com os afazeres domésticos  e o trabalho repetitivo (não criativo). Enfim, os afazeres cotidianos substituem o  espanto com a realidade e a importância da dúvida (do questionamento típico das  crianças). Por isso, quase sempre um adulto pergunta: para quê filosofia? Bom, pelo

menos ele volta a perguntar.

2 – Os filósofos encontraram na figura da criança e na infância algumas

características do filosofar? Quais são elas?

R: O Espanto pode ser traduzido pela espontaneidade dos afetos da dúvida, que  caracterizam o filosofar e o espírito da criança. A criança não pode perder o espanto,  a dúvida, a curiosidade, a criatividade. Porém, para filosofar vai ter que organizar  melhor a sua espontaneidade e todas essas características que ainda se encontram  dispersas.

3 – Sem o Espanto perdemos a curiosidade e a possibilidade do saber?

Explique depois que ler os dois textos acima do mês de Março.

R: Sim, o saber depende exclusivamente da curiosidade da criança. Sem o espanto  e a dúvida não é possível o conhecimento.

4 – Quais os princípios e as imagens principais da filosofia de Heráclito?

R: Heráclito brincava com as crianças e observando-as reconheceu que o Universo  é um jogo dos opostos. Tinha como princípio da sua filosofia o fogo (o devir): a  criança, o jogo e o fogo como imagens fundantes da natureza.

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