Respostas
O argumento sucinto apresentado acima oferece razões para as conclusões alcançadas. Contudo, ele não poderia ser facilmente ajustado ao modelo de racionalidade R (e nenhuma tentativa de refutá-lo o poderia). Esse argumento supõe – e ilustra – que R não incorpora a racionalidade espontânea, racionalidade como responsividade inteligente a razões, que marca a vida comum e as práticas comunicativas, nas quais intencionalidade e racionalidade estão entrelaçadas. Na vida comum – e nas práticas científicas – normalmente explicamos as ações, comprometimentos, visões e decisões das pessoas por referência as suas razões (incluindo crenças, desejos e os valores que moldam e avaliam os desejos). As pessoas justificam ("racionalizam") suas próprias ações em termos de razões que elas tinham para escolher tais ações, e frequentemente elas apresentam razões para consideração alheia quando deliberam sobre as escolhas que farão.