1- Por que desastres de menor magnitude no Brasil conseguem ter consequências mais graves do que os de média a grande magnitude em outros países?
2- Por que a responsabilização dos desastres ocorridos aqui são na maior parte das vezes atribuídas à natureza, não havendo qualquer tipo de indenização aos afetados?
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1 - A ausência de investimento, fiscalização, planejamento urbano adequado, presenciam e se veem obrigadas a responder a esses eventos, na maioria das vezes, pagando um alto preço pela reconstrução do caos gerado por um desastre.
Num país que, contrariando a tendência mundial de maior preocupação com as questões ambientais, novos líderes parecem não se atentar para as consequências, inclusive econômicas, que a relativização da proteção ambiental causa.
2- No Brasil, a concepção dominante de desastre, como fenômeno naturalístico, tende a vinculá-los a eventos naturais desencadeadores de danos humanos, patrimoniais e extra patrimoniais e reforçando a distinção cartesiana entre homem e natureza, concebendo desastres como eventos naturais, não habituais e de previsibilidade e intensidade irresistíveis.
Atualmente, não há mais sentido nessa divisão, uma vez que o ser humano modifica continuamente o meio ambiente, já não se podendo falar em desastres puramente naturais. Convergindo-se essas racionalidades se chega numa noção distinta e separada de risco e desastre, tendo esse não apenas como fonte de medo e resultado inexorável do progresso, mas, principalmente, como forma de prevenção e de tomada de decisão envolvendo a sociedade como um todo, setores públicos e privados. Começa-se uma noção de integração que antes não era vista.