II – “Em Roma, a cidadania era privilégio apenas de uma parte da população. Durante a monarquia,
somente os patrícios gozavam de direitos políticos. Com a república, os plebeus foram conquistando
direitos de cidadania. Mas, a população da maior parte das regiões anexadas nunca teve acesso a esses
direitos. Nessas regiões, cerca de 80 milhões de pessoas viviam sob as ordens dos nobres romanos.
Como não tinham cidadania, essas pessoas eram consideradas estrangeiros em sua própria terra natal,
sem direitos civis, religiosos ou políticos. Ter a cidadania para essas pessoas significava ter uma lei e
uma justiça igual para todos os cidadãos. Também não existiam leis nem regras orientando a conduta
dos administradores romanos que ali se encontravam. Assim, cada um governava e aplicava a justiça
conforme seus interesses.”
5 – Indique as razões para os direitos de cidadania serem tão restritos dentro do Império Romano:
Respostas
Resposta:
Inicialmente os romanos dividiam o povo em duas classes: cives (cidadãos) e peregrini (peregrinos), que eram os que não tinham nenhum direito político. Com o tempo, foram adotadas definições mais abrangentes dos peregrinos para diferenciá-los dos escravos.[2]
Explicação:
A concessão da cidadania também aos estrangeiros começou a se tornar um problema e uma necessidade no momento no qual Roma deu início à sua fase de expansão, seja territorial como comercial, entrando em contacto com povos que tinham de tolerar a série de privilégios que lhe eram negados. A partir de então, a concessão da cidadania começou a ser também um instrumento de controle político além de ser uma ferramenta de poder.
Um caso clássico é a concessão da cidadania, depois da conquista e de largos períodos de tensões e conflitos, aos itálicos, isto é, aos habitantes da península Itálica e da Gália Cisalpina, com uma lex Iulia[2] que foi precedida pela célebre Guerra Social (91–88 a.C.).
A Constituição Antonina foi somente o último passo deste desenvolvimento das concessões, paralelamente ao esvaziamento dos privilégios do cidadão romano: Caracala, de facto, limitou-se a unificar o status de todos os habitantes do império na condição de súditos, membros não mais de uma comunidade política organizada em base a uma relativa participação (com as consequentes vantagens no plano público), mas de um Estado sempre mais absolutista, no qual o poder era inteiramente concentrado nas mãos do soberano e de sua classe burocrática.[3] A legislação de Justiniano I por fim terminou com essa divisão de classes, deixando todos os indivíduos como súditos de césar ou escravos.
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espero ter ajudado :)