• Matéria: Português
  • Autor: giuliamoschen11
  • Perguntado 4 anos atrás

Pessoal, não estou achando 03 substantivos, 02 adjetivos e 01 artigo no texto '' A BOLSA AMARELA '' podem me ajudar?
Meu irmão chegou em casa com um embrulhão. Gritou da porta:
—Pacote da tia Brunilda!
Todo mundo correu, minha irmã falou:
—Olha como vem coisa.
Rebentaram o barbante, rasgaram o papel, tudo se espalhou na mesa. Aí foi aquela confusão:
—O vestido vermelho é meu.
—Ih, que colar bacana! Vai combinar com o meu suéter.
—Vê se veio alguma camisa do tio Júlio pra mim.
—Que sapato alinhado, tá com jeito de ser meu número.
Eu fico boba de ver como a tia Brunilda compra roupa. Compra e enjoa. Enjoa tudo: vestido, bolsa, sapato, blusa. Usa três, quatro vezes e pronto: enjoa. Outro dia eu perguntei:
—Se ela enjoa tão depressa, por que ela compra tanto? É pra poder enjoar mais?
Ninguém me deu bola. Fiquei pensando no tio Júlio. Meu pai diz que ele dá um duro danado pra ganhar o dinheiro que ele ganha. Se eu fosse ele, eu ficava pra morrer de ver a tia Brunilda gastar o dinheiro numas coisas que ela enjoa logo. Mas ele não fica. Eu acho isso tão esquisito! Outra coisa um bocado esquisita é que, se ele reclama, ela diz logo: “Vou arranjar um emprego.” Aí ele fala: “De jeito nenhum!” E dá mais dinheiro. Pra ela comprar mais. E pra continuar enjoando. Vou ver se um dia eu entendo essa jogada. Não parava de sair coisa do pacote. Minha mãe falou:
—Que boazinha que é a tia Brunilda: sabe como a gente vive apertada e cada vez manda mais roupa.
Eu parei de fazer o dever e fiquei olhando. Vi aparecer uma bolsa; todo mundo pegou, examinou, achou feia e deixou pra lá. Antes, quando chegavam os pacotes da tia Brunilda e não sobrava nada pra mim, eu ficava numa chateação daquelas. E se eu pedia qualquer coisa, o pessoal falava logo:
- Ora, Raquel, a tia Brunilda só manda roupa de gente grande, não serve pra você.
—É só cortar, diminuir.
—Não adianta; mesmo diminuindo, tudo fica com cara de roupa de gente grande.
—Roupa não tem cara.
—Tem, sim senhora.
E nunca fiquei com nada. Num instantinho sumiam com tudo, e usavam, usavam, usavam até pifar.Aí, no dia que a roupa pifava, a gente ajeitava daqui e dali, e a roupa ficava pra mim. Eu não dizia nada. Até que uma vez não resisti e perguntei:
—Quer dizer que quando a roupa pifa, pifa também a tal cara de roupa de gente grande?
E o pessoal falou que sim, que era isso mesmo. (É por causa dessas transas que eu queria tanto crescer: gente grande tá sempre achando que criança tá por fora.)
Aí aconteceu uma coisa diferente; de repente sobrou uma coisa pra mim.
—Toma Raquel, fica pra você.
Era a bolsa.
A bolsa por fora:
Era amarela. Achei isso genial: pra mim, amarelo é a cor mais bonita que existe. Mas não era um amarelo sempre igual: às vezes era forte, mas depois ficava fraco; não sei se porque ele já tinha desbotado um pouco, ou porque já nasceu assim mesmo, resolvendo que ser sempre igual é muito chato.
Ela era grande; tinha até mais tamanho de sacola do que de bolsa. Mas vai ver ela era que nem eu: achava que ser pequena não dá pé.
A bolsa não era sozinha: tinha uma alça também. Foi só pendurar a alça no ombro que a bolsa arrastou no chão.
Eu então dei um nó bem no meio da alça. Resolveu o problema.
Não sei o nome da fazenda que fez a bolsa amarela. Mas era uma fazenda grossa, e se a gente passava a mão arranhava um pouco. Olhei bem de perto e vi os fios da fazenda passando um por cima do outro; mas direitinho; sem fazer bagunça nem nada. Achei legal. Mas o que eu achei ainda mais legal foi ver que a fazenda esticava: “vai dar pra guardar um bocado de coisa aí dentro”.

Respostas

respondido por: KatrinaArkyos18
3

Resposta:

Olá anjinho,

Substantivos:

Bolsa, cor e sacola

Adjetivos:

Genial e forte

Artigo:

A(artigo definido feminino)

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